Nissan Sentra, o mais vendido na China, serve para o Brasil?
AVALIAÇÃO: Rodamos durante uma semana na cidade e na estrada com o Novo Sentra, que a Nissan traz importado do México
A oitava geração do Nissan Sentra é idêntica ao Nissan Sylphy, que é o carro mais vendido na China. Não é pouca coisa um sedã desbancar um SUV (no caso, o Haval H6, da GWM).
Fabricado no México, o Novo Sentra ficou 5 cm mais largo e tem o design inspirado nos modelos japoneses Altima e o Maxima, apresentando linha de cintura e de teto flutuante baixas, ombros largos, grade "V-Motion", faróis de LED e lanternas em formato bumerangue.
O motor dá conta?
Sim. Trata-se de um 2.0 a gasolina com 151 cv de potência e 196 Nm de torque. Portanto, o Nissan Sentra tem uma relação peso/potência de 9,3 kg/cv. Não é tão potente como o Toyota Corolla 2.0 (169/177 cv), mas acelera de 0 a 10 km/h em 9,4 segundos (perde por míseros 2 décimos para o Corolla) e chega a 200 km/h.
O que nós gostamos
Na estrada, o Novo Sentra roda macio e tranquilo entre 110 e 120 km/h, com o motor trabalhando na faixa de 2.000 rpm. A rotação até diminui em alguns trechos, sem perda de velocidade. A sensação a 120 km/h é de estar rodando devagar.
O câmbio CVT permite trocas manuais por meio da borboleta posicionada atrás do volante. Para elevar o giro do motor basta optar pelo modo Sport ou pisar fundo e rápido no pedal do acelerador.
Tanto o ruído a bordo quanto o consumo de combustível dependem do modo de condução. Portanto, quem não tiver o pé muito pesado consegue trafegar bem, em silêncio e vendo pouca movimentação do ponteiro indicador de combustível.
O Novo Sentra tem suspensão independente nas quatro rodas, por isso tem uma estabilidade muito boa. O sedã tem também o Controle Inteligente de Trajetória, que, nas curvas fechadas, prioriza as rodas que estão do lado de fora para garantir o melhor traçado.
O espaço interno é bastante satisfatório, mesmo para quem senta no banco de trás. Como o Sentra balança pouco, quem ocupar os assentos traseiros poderá trafegar sem chacoalhar o tempo todo. A sensação a bordo é boa também pela qualidade do acabamento.
O que pode melhorar
O consumo é um pouco alto, pior do que o do Arrizo 6, da Caoa Chery, que é híbrido. Na cidade, o Nissan Sentra faz 11 km/l de gasolina; na estrada, faz 13,9.
O freio de estacionamento, posicionado na lateral do piso, é a pedal, como do Toyota Corolla Cross. O motorista usa o pé esquerdo para soltar ou travar o sedã.
O teto solar não é panorâmico em nenhuma versão.
O alerta de saída de faixa não atua como corretor, portanto, se o condutor estiver “comendo faixa”, o Sentra limita-se a provocar uma vibração no volante, para servir de alerta. Mas há quem prefira assim, por não ser tão invasivo.
Somente o banco do motorista tem ajustes elétricos.
Notas [pela categoria]
Desempenho - 7 (muito bom)
Consumo - 7 (muito bom)
Dirigibilidade - 10 (ótima)
Conforto - 10 (ótimo)
Usabilidade - 9 (ótimo)
Conectividade - 8 (muito boa)
MÉDIA - 8,5 (MUITO BOM)
Veredicto
Vale a pena comprar o novo Nissan Sentra. No Brasil ele não será u--m campeão de vendas como na China, mas demonstrou atributos para agradar bastante quem o colocar na garagem. O Novo Sentra tem preço competitivo dentro de sua categoria e merece fazer sucesso, pois é um sedã de respeito. E sim, ele serve para o Brasil.
Preços
Sentra Advance - R$ 149.990
Sentra Exclusive - R$ 173.290
Sentra Exclusive Premium - R$ 174.990