O para-brisa está trincado? Saiba se é melhor trocar ou reparar
Fique atento, pois danos de tamanhos acima do permitido podem resultar em multa, pontuação na CNH e apreensão do veículo
Imagina e acena: você está trafegando em uma estrada de terra ou de cascalho quando outro carro passa rapidamente e um pedrisco acerta o seu para-brisa. Na hora você pode achar que não tem nada de mais e que pode seguir viagem, mas é melhor analisar bem o problema.
A Henkel, fabricante de adesivos utilizados na indústria automotiva, lembra que qualquer dano no para-brisa do veículo requer avaliação profissional, principalmente quando a trinca, fissura ou arranhão estiver no campo de visão do condutor. Um parâmetro interessante para entender se o dano é caso de troca ou reparo: se a fratura for superior a uma moeda de R$ 1, é recomendada a substituição do para-brisa.
A resolução 216 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece alguns limites referentes a danos no para-brisa em veículos de passeio: pode haver, no máximo, dois danos em um para-brisa, sendo que esses danos não podem ser superiores em de 4 cm de diâmetro em uma configuração circular ou qualquer outro dano acima de 10 cm de comprimento.
Além disso, não pode haver nenhum dano na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 cm das bordas externas do para-brisa. O descumprimento desta resolução do Contran resulta em infração de natureza grave, cinco pontos na CNH, multa e retenção do veículo para regularização.
Célio Renato Ruiz, gerente de assistência técnica para adesivos e selantes da Henkel, orienta sobre os procedimentos de reparação e substituição de para-brisas e destaca a importância desses equipamentos à segurança do veículo e das pessoas.
1. Podemos dizer que para-brisa com trinca circular maior do que 4 cm deve ser substituído?
R: Em geral, usa-se como parâmetro para troca quando a fratura é superior a 4 cm. Portanto, se a circunferência do dano for menor ou igual a 4 cm, o para-brisa pode ser reparado sem necessitar a sua troca. Determinados danos no para-brisas são reparados com tecnologia UV, que “seca” a resina aplicada na área danificada, finalizada com polimento.
2. Em casos de danos no para-brisa na visão frontal do motorista, mesmo que mínimos, a substituição do equipamento é a melhor alternativa?
R: Sim, a substituição é a melhor alternativa. O processo de troca e fixação de um novo para-brisa é feito com adesivos próprios para essa finalidade. Depois da aplicação correta desse adesivo no para-brisa, a cura é feita rapidamente e o condutor pode voltar a utilizar o carro poucas horas depois.
3. Como é feita essa troca de para-brisas?
R: A troca do para-brisa é um procedimento que deve ser feito por técnico especializado, de preferência em lojas de vidros automotivos, para a aplicação eficiente do adesivo que promove a fixação do para-brisa.
4. Pequenas arranhões causados pelo limpador do para-brisa são perigosos?
R: Os pequenos arranhões no para-brisa, na maioria dos casos, podem ser reparados com polimento feito por profissionais especializados. No entanto, esses pequenos arranhões podem se tornar problemas se estiverem na área de visão do motorista, porque se a visão do motorista continuar sendo prejudicada após o serviço de polimento, é importante que um profissional avalie a possibilidade de troca do para-brisa.
5. Qual a importância do para-brisa em perfeito estado?
R: Um para-brisa eficiente traz perfeita visibilidade ao motorista, protege os ocupantes contra o impacto de pedregulhos e outros objetos, mantém a integridade estrutural da carroceria do automóvel e funciona como um apoio para o airbag. Danos no para-brisa podem interferir negativamente nessa força protetora do equipamento. A aplicação correta do adesivo para sua fixação está diretamente ligada a essas questões de segurança. Existem procedimentos técnicos específicos para a substituição eficiente de para-brisa.