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O pneu além da etiqueta: o que você precisa (mesmo) saber

Há muitas informações que não constam no rótulo do Inmetro, mas que são igualmente importantes na escolha de um pneu

28 fev 2023 - 11h47
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Etiqueta do Inmetro é importante, mas não diz tudo sobre o pneu
Etiqueta do Inmetro é importante, mas não diz tudo sobre o pneu
Foto: Pirelli / Guia do Carro

Qual pneu seu carro deve usar? Se você tem esta dúvida, está na mesma situação de muitos outros motoristas. Por isso, há mais de 10 anos, o Inmetro criou a etiqueta obrigatória que acompanha todo pneu vendido no Brasil.

Essa etiqueta mostra três fatos que auxiliam na escolha do produto: consumo de combustível (que é a resistência ao rolamento), segurança (que é a frenagem no molhado) e poluição sonora (que são os decibéis emitidos pelo pneu). No entanto, esses não são os únicos parâmetros que devem ser considerados na decisão de compra.

“Na hora de procurar um pneu, deve-se levar em conta para qual finalidade você vai usá-lo. Se é para rodar em estradas de terra, a procura deve ser por um pneu com boa tração, independentemente do que diz a etiqueta. Assim, se reduzem os riscos de atolamentos e derrapagens”, comenta Roberto Falkenstein, consultor de Tecnologias Inovativas da Pirelli para a América Latina.

Ele dá outros exemplos: “Se o objetivo do uso do pneu é para rodar nas grandes cidades, a procura principal poderá ser por um pneu com boa durabilidade. Existem muitas características a serem analisadas na escolha de um pneu. O estilo de guiar do condutor, a finalidade do pneu, as características do piso em que ele será aplicado etc”.

Na Pirelli, por exemplo, existem as linhas Cinturato P1, Scorpion ATR e Chrono, e todas podem possuir os “mesmos números”, mas com aplicações totalmente diferentes. O primeiro é mais voltado para a cidade e estrada, o segundo possui capacidades off-roads mais acentuadas e o terceiro é o indicado ao segmento de veículos que transportam cargas.

Além disso, o motorista tem que ficar atento a dois pontos que o pneu mostra na sua lateral: o índice de carga e a velocidade. Sempre se deve manter os valores do pneu original do carro no momento da substituição.

Em caso de troca de apenas dois pneus, a Pirelli recomenda que se privilegie os pneus no eixo traseiro do veículo, independentemente do tipo de tração, com o par mais novo sendo alocado sempre na traseira. É importante também que esses pneus tenham as mesmas dimensões e a mesma marca dos demais pneus do carro. Por isso, é fundamental procurar o pneu homologado para cada tipo de veículo.

“É praticamente isso que as montadoras fazem ao escolherem o pneu que irá equipar um veículo”, acrescenta Falkenstein. “Ou seja, buscar um equilíbrio de prestações, onde a dirigibilidade, o conforto, as reações do pneu em caso de emergência, resistência aos buracos, entre outras coisas fiquem em perfeita harmonia.”

Por isso, é importante saber qual é o pneu original de cada carro no momento da troca, já que ele foi projetado para propiciar o melhor desempenho em um cenário convencional. A busca do conforto e da segurança deve estar em primeiro lugar e não a parte estética.

Agora, se mesmo levando em conta esses aspectos, como o tipo de piso predominante no uso de pneu, o estilo de direção do condutor e a durabilidade do composto, o cliente ainda ficar em dúvida sobre qual pneu escolher para o carro, a etiqueta pode ser o grande diferencial. Ela classifica os pneus em uma escala que vai de A à F, em que A é a melhor classificação e F a pior.

Uma forma simples e rápida de memorizar o benefício das letras da etiqueta é considerar que para cada letra na escala da economia de combustível é registrado 1,5% de economia. Por exemplo, quando se fala em um pneu letra E em economia de combustível, isso quer dizer que ele consome até 6% a mais de combustível em relação a um pneu de letra A.

No caso de frenagem, falamos de 2 metros de distância a menos de frenagem no molhado para cada letra. Neste caso, de um pneu letra E para um pneu letra A, a distância chega a ser de 8 metros de espaço de frenagem a menos, partindo de uma velocidade de 80 km/h.

“Isso representa muito quando estamos falando em evitar um acidente. Pode ser a diferença entre bater ou não o carro. Mesmo em termos de consumo de combustível, esses 6% podem não representar tanto a curto prazo, mas a longo prazo isso farão uma diferença fundamental”, finaliza o consultor da Pirelli.

Guia do Carro
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