O que difere híbrido leve, híbrido completo e híbrido plug-in
Existem três tipos de carros híbridos no Brasil, mas eles são muito diferentes no funcionamento. Veja como cada um funciona
Os recentes lançamento de carros híbridos pela Kia Motors e pela Caoa Chery aumentou o interesse pela diferença entre híbrido leve (MHEV), híbrido completo (HEV) e híbrido plug-in (PHEV). Embora as montadoras “vendam” os híbridos leves como híbridos completos, eles são diferentes.
Híbrido leve. Sigla: MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle)
Esses carros contam com uma bateria elétrica de baixa voltagem (normalmente 48V) para auxiliar na partida do motor a combustão e na velocidade de cruzeiro. A grande diferença é que os carros híbridos leves não tem tração elétrica, ou seja, eles dependem totalmente do motor a combustão interna para tracionar. A bateria é carregada automaticamente nas frenagens, utilizando a energia gerada.
Apesar de não tracionar o carro, o pequeno motor elétrico auxilia na entrega de potência e na economia de combustível. No caso da Caoa Chery, o Tiggo 5x ganhou 10 cv de potência e ficou mais econômico. Os carros híbridos leves mais vendidos no Brasil são: Kia Stonic, Mercedes-AMG C200, Mercedes-AMG C300, Audi Q8 e Land Rover Defender.
Híbrido ou Híbrido completo. Sigla: HEV (Hybrid Electric Vehicle)
Também considerado um híbrido completo, esses carros têm um, dois ou até três motores elétricos que trabalham em conjunto com o motor a combustão interna. Eles também têm tração elétrica, que pode ser independente, portanto estão num estágio superior ao dos híbridos leves.
Os carros híbridos completos, entretanto, não podem ser carregados na tomada. E o motorista raramente consegue decidir qual motor deve entrar em funcionamento, pois é o sistema do carro (inteligente) que entrega potência de acordo com as solicitações do motorista no pedal do acelerador.
As tecnologias dos híbridos completos podem ser diferentes. O Toyota Corolla, por exemplo, tem mais potência no motor a combustão. Já o Honda Accord tem mais potência no motor elétrico. De qualquer forma, os carros híbridos costumam ser ainda mais econômicos do que os híbridos leves. A bateria desses carros é pequena e, por isso, eles rodam no modo puramente elétrico somente em manobras de estacionamento ou em baixíssima velocidade. A bateria é carregada automaticamente nas frenagens e na utilização do carro.
Os híbridos completos mais vendidos no Brasil são: Toyota Corolla Cross, Toyota Corolla, Toyota RAV4, Lexus UX250h e Lexus NX350. Também participam deste segmento os seguintes carros: Honda Accord, Porsche Cayenne, Lexus RX450 Sport, Ferrari La Ferrari e Ferrari SF90.
Híbrido Plug-in. Sigla: PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle)
Os carros híbridos plug-in são os mais próximos dos carros totalmente elétricos. Isso porque eles utilizam um ou dois motores elétricos de tração e permitem que o motorista decida se quer rodar no modo 100% elétrico, no modo híbrido ou somente com o motor a combustão. Eles têm regeneração de energia, mas precisam ser carregados na tomada.
Uma das vantagens do híbrido plug-in é poder rodar entre 40 e 80 km somente no modo elétrico, pois a bateria tem maior capacidade do que a dos demais carros híbridos. Na prática, o híbrido plug-in é o único que entrega dos carros totalmente diferentes para o consumidor, pois ele pode ser totalmente elétrico ou totalmente a combustão (além do híbrido).
Os híbridos plug-in mais vendidos são: Volvo XC60, BMW X5, Volvo XC90, BMW X3 e Porsche Cayenne. Duas novidades deste segmento são o Jeep Compass 4xe e o Caoa Chery Tiggo 8 Pro. Em todos os carros híbridos (MHEV, HEV e PHEV), outra vantagem é a redução de gases de efeito estufa, como o CO2.