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O que você precisa saber antes de comprar um carro elétrico

Está pensando em mudar a forma como enxerga a mobilidade e em trocar seu carro a combustão por um movido a bateria? Saiba o que é necessário

20 jun 2024 - 12h53
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Resumo
Quer rodar por aí sem gastar combustível? Conheça cinco pontos importantes que precisam ser revistos e discutidos antes de assinar o cheque do seu primeiro EV

A equipe de reportagem do Terra acompanha dia após dia a transição do mercado da mobilidade - que tem carros, caminhões e ônibus, trens etc. movidos a combustíveis fósseis -, para um futuro cada vez mais verde e com zero carbono.

Essa transição não é rápida e deverá ser longa e progressiva. Mas já começou. Vale lembrar que muitas fabricantes já prometeram "zerar" suas emissões de carbono nas próximas décadas.

Mercados como o dos Estados Unidos e o europeu também querem diminuir - e muito em breve até parar - a fabricação de veículos que sejam alimentados por tecnologias já consideradas defasadas.

Se você tem esse olhar mais sustentável e já estuda a ideia de ter um carro elétrico, separamos cinco dicas que você precisa saber antes de comprar seu primeiro EV.

BYD Dolphin Plus: cores diversas, mais potência e maior alcance para viagens
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Foto: BYD / Guia do Carro

Dicas para comprar um carro elétrico

1. Tenha onde recarregar

Talvez a principal dica da lista. Tenha sempre um ponto fixo onde seu carro possa ser recarregado, seja na sua casa, condomínio ou mesmo no trabalho.

Para fazer a recarga em casa, use um cabo que normalmente vem com o carro e pode ser espetado em tomadas de 110V ou 220V. Vale dizer, porém, que esse tipo de recarga pode levar mais de 30 horas.

Se for possível, instale um wallbox, daqueles que permitem recarregamento mais rápido - em menos de oito horas. Mas antes disso, confira com um especialista se sua instalação elétrica tem capacidade para suportar as recargas do automóvel sem sobrecarregar o sistema. Há regras da ABNT a serem cumpridas.

2. Qual o tipo de tomada?

Antes de fechar a compra, confira exatamente qual é o tipo de plug do carro elétrico. O mais comum é um chamado "tipo 2", que é exatamente o que mais se encontra em shoppings, estacionamentos e mercados.

Hoje em dia existe um certo tipo de padronização e a tendência é que futuramente todos os carros elétricos tenham a ponta de recarga com esse modelo, mas fique atento: modelos da Tesla, da Nissan e de algumas marcas chinesas têm sua própria ponta de conexão.

Se não for o mesmo, repense sua decisão, pois não é tão fácil assim encontrar adaptadores para esse tipo de situação.

Estudos apontam que é necessário haver um carregador público para cada dez carros elétricos em circulação.
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Foto: Divulgação / Flipar

3. Saiba qual a autonomia do carro

Outro ponto importante é saber sua demanda de uso e o quanto você roda diariamente ou semanalmente. Existem carros pequenos, com baterias pequenas, que consequentemente precisam de menos tempo para a recarga completa, mas que também rodam pouco - como os subcompactos JAC e-JS1, Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar, GWM Ora 03 e os BYD Dolphin e Dolphin Mini.

Além desses, há modelos "médios", com autonomias maiores, como Chevrolet Bolt - e o futuro Blazer EV -, Nissan Leaf, Renault Zoe e Mégane E-Tech, e ainda modelos por assinatura, como os Volkswagen ID.4 e ID. Buzz.

Mas também existem modelos maiores, com capacidade de bateria superior - e que portanto rodam muito mais -, normalmente de marcas premium, como Audi Q8 e-tron, Jaguar i-Pace, BMW iX e toda a família de modelos da linha EQ, da Mercedes-Benz, entre outros.

4. Qual o custo da recarga?

Essa resposta é mais difícil, porque depende de uma série de fatores - como a quantidade e a frequência de vezes em que se faz a recarga -, mas é possível chegar a um valor médio mensal. Que normalmente é menor que o custo médio de um modelo de tamanho parecido movido a combustível fóssil.

O bom é já existe uma média nacional de quem tem carro elétrico em casa: cerca de 150 kWh por mês.

Se o seu uso seguir linha e uso parecido, o valor mensal pode variar entre R$ 90 e R$ 150 a mais na conta de luz - o que certamente será muito menor do que é gasto com combustível e outros itens de um carro com motor térmico.

Cada carregador de carro elétrico tem a sua função específica
Cada carregador de carro elétrico tem a sua função específica
Foto: E-Wolf / Guia do Carro

5. Saiba a vida útil e pense na hora da revenda

Pensar no "depois" é importante. Muitas das marcas que já vendem carros elétricos oferecem planos de recompra garantida, mas nem sempe o consumidor estará apto para seguir com essa ideia, certo?

Normalmente, a vida útil de uma bateria de carro elétrico varia de oito a dez anos - ou de 160 mil a 200 mil quilômetros. A durabilidade pode mudar de acordo com vários fatores, como clima, frequência de uso etc. Mas as marcas têm feito baterias que podem superar essa vida útil, com estimativa de uso de 20 anos.

Isso posto, é muito improvável que você precise trocá-las, mas vale dizer que hoje em dia ainda pesa a falta de estrutura e de planos para descarte de baterias no Brasil - que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, não são tratadas no país e sim exportadas para reciclagem. Ponto importante a ser pensado.

André Deliberato André Deliberato, jornalista e engenheiro, atua na área automotiva desde 2008, com passagens pela assessoria de imprensa da Volkswagen e pelas redações da revista Car and Driver, do portal UOL, e Webmotors. Já fez mais de 500 testes e cobriu pouco mais de 20 Salões do Automóveis ao redor do mundo.
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