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Picape da Hyundai é o que a Fiat Toro não quis ser nos EUA

Nascida para ser uma anti-Toro, Hyundai Santa Cruz cresce nos Estados Unidos sem precisar competir com a Fiat

2 mai 2022 - 19h48
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A picape Hyundai Santa Cruz vem crescendo no mercado norte-americano. Lançada na metade do ano passado, a Santa Cruz já passou de 15 mil unidades vendidas e tem conquistado seu espaço no território das picapes grandes. A Hyundai Santa Cruz é o que a Fiat Toro não quis ser: uma alternativa às picapes médias nos EUA.

Mesmo optando por comercializar a Fiat Toro apenas na América Latina, a então FCA (agora Stellantis) não conseguiu “esconder” o potencial e o sucesso de sua picape compacta (posicionada entre as pequenas e as médias). Na época do lançamento, a Fiat considerou que a Toro “não teria mercado nos Estados Unidos”.

Passados quase seis anos do lançamento da Toro, o mercado de picapes dos Estados Unidos já tem dois modelos nesse segmento de picapes monobloco abaixo das médias (além da Honda Ridgeline). A Hyundai Santa Cruz foi lançada na metade do ano passado e já atingiu 15 mil vendas.

A Santa Cruz é uma picape um pouco maior do que a Toro, porém é mais baixa. Recentemente, a Santa Cruz passou a ter a companhia da Ford Maverick, outra anti-Toro, mas bem maior do que a picape da Fiat. Os últimos informes revelam que a Maverick já vende mais do que a Santa Cruz.

Hyundai Santa Cruz: um pouco maior do que a Fiat Toro.
Hyundai Santa Cruz: um pouco maior do que a Fiat Toro.
Foto: Hyundai / Divulgação

Hyundai Santa Cruz e Ford Maverick são rivais nos Estados Unidos como a Fiat Toro e a Renault Oroch no Brasil – não chegam a competir diretamente. A Fiat Toro não quis ser o que a Hyundai Santa Cruz porque partiu do paradigma de executivos norte-americanos (da Dodge e da Ram). A Maverick é ainda maior do que a Santa Cruz pelo mesmo motivo: paradigma dos executivos da Ford no que diz respeito ao mercado de picapes nos EUA.

Para a Hyundai, tanto melhor quanto mais marcas deixarem a Santa Cruz isolada. A picape é produzida em  Montgomery, Alabama, na plataforma N3 da Hyundai-Kia (a mesma do Tucson). Ela tem 4,970 m de comprimento, 1,905 m de largura, 1,695 m de altura e 3,005 de distância entre eixos. A Santa Cruz está no meio do caminho entre a Toro e a Maverick.

A picape da Hyundai tem duas opções de motorização. As versões de entrada utilizam um motor 2.5 aspirado de 190 cv de potência, 244 Nm de torque e câmbio automático de 8 marchas. As versões mais caras da Santa Cruz têm um motor 2.5 turbo de 275 cv, ótimos 420 Nm e câmbio automatizado de 8 marchas com dupla embreagem.

A proximidade entre a Santa Cruz e a Maverick tira o sono da Ford não apenas nos Estados Unidos, mas também no Brasil. Recentemente, uma unidade da Hyundai Santa Cruz foi fotografada em um caminhão cegonha junto de uma Ford Maverick. É possível que a própria Ford tenha importado esse modelo para fazer testes comparativos. Ou foi a compra de algum importador independente.

Por enquanto, não há grandes chances de a Hyundai Santa Cruz ser vendida no Brasil. Se for importada, ela certamente terá um preço mais elevado do que a Fiat Toro. E não é tão grande quanto a Ford Maverick para custar tanto. Além disso, a Hyundai tem estratégia de grandes volumes e não de nicho.

Hyundai Santa Cruz: conquistando espaço nos Estados Unidos.
Hyundai Santa Cruz: conquistando espaço nos Estados Unidos.
Foto: Hyundai / Divulgação

Uma opção seria a Santa Cruz ser importada pela Caoa Hyundai, ou fabricado em Anápolis (GO) junto com o Hyundai Tucson. Porém, o Grupo Caoa tem feito investimentos na parceria com a Chery e dificilmente vai produzir um novo veículo da Hyundai. O mais provável é que a própria Hyundai coreana considere produzir a Santa Cruz no Brasil. Por enquanto, a Hyundai afirma que a picape Santa Cruz é exclusiva para o mercado dos Estados Unidos.

Nesse caso, assim como a Fiat Toro não quis competir nos EUA, a ausência da Hyundai Santa Cruz no mercado brasileiro é um alívio para a Fiat e para a Ford. Resta saber até quando.

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