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Por que a Citroën não quer chamar o Ami de carro no Brasil

Citroën Ami é um microcarro que faz enorme sucesso na Europa e tem potencial para o Brasil, mas não pode ser chamado de carro

25 nov 2022 - 17h52
(atualizado em 27/11/2022 às 12h57)
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Citroën Ami: carro ou solução de mobilidade?
Citroën Ami: carro ou solução de mobilidade?
Foto: Stellantis / Divulgação

O Citroën Ami faz sucesso por onde passa. Lançado na França, o microcarro elétrico de dois lugares tem conquistado clientes de todas as idades. Dependendo do país, o Citroën Ami pode ser conduzido até por jovens de 14 anos. Não precisa ter carteira de habilitação. A Citroën quer fazer o mesmo no Brasil.

Mas, para isso, quer convencer as pessoas de que o Citroën Ami não é um carro e sim uma “solução de mobilidade” – se possível acrescentando os termos “elétrica e inteligente”. A empresa francesa sabe que o Ami não tem chances de sucesso se carregar nas costas os pesados impostos do Brasil.

Quem quiser conhecer o Citroën Ami pode vê-lo até domingo (27) no 29º Congresso e Mostra Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE Brasil, na Fundação Bienal, em São Paulo. Com apenas 2,41 m de comprimento, o Ami comporta dois adultos em sua configuração de passageiros ou bagagens com até 400 litros de volume em sua versão de carga, para uma pessoa.

Citroën Ami One
Citroën Ami One
Foto: Stellantis / Divulgação

Seu design lúdico também é inteligente, usando os mesmos elementos visuais na dianteira e traseira (para reduzir custos de produção e reposição) e as portas são iguais em ambos os lados, com aberturas invertidas. Tudo muito simples. O carro lembra o cachorro Floquinho, da Turma da Mônica.

Seu motor de 6 kW (ou 8 cv) permite rápidos deslocamentos urbanos ou em áreas logísticas, com uma autonomia de 75 km (ciclo europeu). O Citroën Ami é pensado para aplicações onde agilidade e praticidade são essenciais. Segundo a Citroën, o Ami cumpre requisitos que permitem ser guiado pessoas sem CNH.

Citroën Ami
Citroën Ami
Foto: Stellantis / Divulgação

“Essa solução de mobilidade livre de emissões na condução também é simples para recarregar”, diz a Citroën. “O Ami tem seu próprio cabo, que pode ser conectado em qualquer tomada de 220V. A recarga de 0 a 100% leva somente três horas, tempo que será menor caso o Ami tenha energia residual.”

Uma boa solução, sim, desde que a Citroën convença os legisladores brasileiros de que o microcarro francês não é um carro. Na França ele roda como é: um carro. Mas lá a legislação também parece ser mais inteligente, não só os carros, sem tanta carga tributária que inviabiliza boas ideias para o trânsito urbano.

Citroën Ami
Citroën Ami
Foto: Stellantis / Divulgação
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