Por que a Ford sempre está optando pelo preço mais alto
Ford opta pela versão mais cara também na Maverick Hybrid, ao contrário do posicionamento da picape nos Estados Unidos
É possível amar uma Ford que opta somente pelas versões mais equipadas e com os preços mais altos? Esta é a pergunta feita por Sergio Quintanilha, editor do Guia do Carro, ao analisar o posicionamento do Ford Maverick Hybrid neste vídeo exclusivo.
Quintanilha comenta que a Ford se notabilizou mundialmente por baratear os preços dos automóveis no século 20, criando a linha de produção para o Model T, que depois foi copiada por toda a indústria automobilística. Mas, no Brasil, a atual filosofia da marca é de ter sempre os preços mais caros.
A chegada da versão Hybrid do Ford Maverick trazia a expectativa de uma versão mais acessível para a ótima picape produzida no México. Mas, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde a Maverick é a versão de entrada e custa US$ 22.595 (contra cerca de US$ 30.000 das versões mais completas), no Brasil a Maverick foi posicionada no topo.
O editor do Guia do Carro lamenta que a Ford, ao posicionar a Maverick Hybrid no mesmo patamar da Maverick FX, ambas com o preço de R$ 244.890, desperdiçou a chance de tornar sua ótima picape mais acessível.
Quintanilha também destaca que, apesar de ter equipamentos da versão Lariat, a Maverick Hybrid perde em potência (194 cv contra 253 cv), perde em aceleração (0 a 100 km/h em 8s2 contra 7s2), perde no torque (210 Nm contra 380 Nm), não tem controle de descida e não tem tração 4x4, mas custa o mesmo que a Maverick FX4.
Uma vantagem do Ford Maverick Hybrid é o menor consumo de combustível. O modelo híbrido com motor 2.5 faz 15,7 km/l de gasolina na cidade e 13,6 na estrada, enquanto o modelo 2.0 EcoBoost faz 8,8 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada. Veja o vídeo acima.