Por que o Virtus Track é a solução mais lógica para a Volks
Com o fim da produção do Voyage, em dezembro, a Volkswagen pode seguir a mesma lógica usada para Gol e Polo; veja projeções de Kleber Silva
O Volkswagen Voyage sai de linha em dezembro sem choro nem vela. Ao contrário do Gol, seu irmão famoso que teve direito a uma série de despedida, o Voyage despede-se de forma silenciosa. Mas ele também pode ter um substituto e pode ser o Virtus Track.
É uma questão de lógica. Da mesma forma que o Gol foi substituído por um Polo mais simples (o Polo Track), o Voyage pode ser substituído por um Virtus mais simples (o Virtus Track). Com essas informações, o designer Kleber Silva fez para o Guia do Carro uma projeção de como ficaria o inédito Volkswagen Virtus Track.
Assim como Voyage e Gol, o Virtus Track seria a versão três-volumes do Polo Track. Igual às dobradinhas Argo-Cronos (Fiat), Onix-Onix Plus (Chevrolet), HB20-HB20S (Hyundai) e Polo-Virtus (Volkswagen). Mas nem tudo é tão simples quando se trata de indústria automobilística.
Graças à plataforma modular MQB, o Volkswagen Virtus tem o entre-eixos maior do que o Volkswagen Polo. Afinal, um sedã, mesmo compacto, precisa oferecer maior espaço de bagagem e, se possível, maior espaço interno para as pernas dos passageiros de trás. Isso porque trata-se de uma carroceria muito usada por taxistas.
O Virtus Track, se vier a existir, pode ter o mesmo entre-eixos do Polo Track ou ser um pouco maior. Em sua projeção, Kleber Silva manteve os elementos visuais do Polo Track, como os faróis, a grade dianteira e as rodas. Na traseira, porém, deixou o Virtus Track sem a lanterna dupla.
“É uma opção, mas pode ser que a Volkswagen opte por manter a lanterna dupla e apenas colocar uma máscara na parte que vai na tampa do porta-malas, por questão de custo”, comentou Kleber Silva.
Mas, e quanto ao motor? O Voyage despede-se usando o motor 1.6 de 104 cv, enquanto o Gol dá adeus com o 1.0 de 84 cv. O Polo Track manteve o motor 1.0 do Gol. Mas, para um possível Virtus Track, este motor seria muito fraco. A opção seria manter o 1.6 do Voyage, o que já deixaria o carro mais caro e também representaria maior custo no desenvolvimento do sedã.
Dinheiro a Volkswagen tem. São R$ 7 bilhões reservados para este novo ciclo de produtos. O Polo Track é só o primeiro. Outro será o substituto da picape Saveiro (mantendo o nome). O carro mais aguardado de todos será um crossover (que vão chamar de SUV) menor do que o T-Cross. Mas a Volks disse que será uma família completa e com quatro modelos. Tudo leva a crer que será mesmo um novo sedã de entrada.
O segmento é bom. As famílias que acabam de ter o primeiro filho costumam trocar o hatch pelo sedã por questão de espaço. Há também o mercado de táxi e, principalmente, o de carros por aplicativo (99 e Uber). Por enquanto, o que existe são suposições, mas o Virtus Track parece ter boas chances de se tornar realidade.