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Renault começa a produzir motor 1.3 turbo no Brasil

Com produção no Paraná, conjunto 1.3 turboflex com injeção direta da Renault tem 167 cv, 27,5 kgfm de torque e deverá equipar híbridos

6 set 2024 - 17h55
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Hoje importado da Espanha, o motor 1.3 turbo TCe, que equipa alguns modelos da Renault, como Duster e Oroch, passa a ser nacionalizado. A produção fica a cargo da Horse, braço da marca francesa que fornece soluções energéticas e tem sede em São José dos Pinhais (PR).

O propulsor já conta com preparação para usar tanto gasolina quanto etanol e poderá futuramente equipar modelos híbridos. Afinal, a plataforma CMF-B está apta à eletrificação e, assim, pode dar base a modelos híbridos-leves, plenos e até do tipo plug-in (com baterias recarregáveis em tomadas).

Ainda não se sabe quais modelos, exatamente, receberão a novidade. Todavia, a expectativa é que o motor nacionalizado equipe a picape Niagara e a nova família de compactos e médios da Renault no Brasil.

Por conta da aliança com a Nissan, até a nova geração do Kicks (que estreia no ano que vem) deverá se beneficiar.

Detalhes do motor 1.3 nacional

Projetado para operar com etanol, atendendo às demandas do mercado brasileiro, o novo motor 1.3 turboflex pediu - junto com o 1.0 turboflex, produzido localmente desde o começo do ano - investimentos de R$ 100 milhões.

Voltado às necessidades do mercado sul-americano, ambos, cabe lembrar, são compatíveis com o Proconve L7 (equivalente ao Euro6) e já estão no processo de certificação para os futuros e rigorosos padrões do Proconve L8.

Pois bem: o motor 1.3 de quatro cilindros - chamado de HR13 - oferece potência máxima de 167 cv e torque de até 27,5 kgfm, a 1.600 rpm. De acordo com a Horse, o motor tem sistema de injeção direta sob medida, desenvolvido especialmente para uso de etanol.

Ademais, o propulsor tem cabeça de cilindro em formato de Delta e ainda é mais compacto, leve e tem centro de gravidade mais baixo do que os concorrentes.

Além disso, possui revestimento de Diamond-Like Carbon (DLC), inspirado na Fórmula 1, para as partes móveis da cabeça do cilindro, aneis e pinos dos pistões. O coletor de escape é fundido na cabeça para uma resposta mais rápida e entrega de torque em baixa velocidade.

O turbocompressor, por sua vez, é controlado por uma válvula eletrônica. Isso, portanto, garante pressão máxima de boost de 1,4 bar.

Outras soluções

As paredes dos cilindros do bloco de alumínio recebem tratamento chamado BoreSpray Coating (BSC), que permite um aquecimento mais rápido a partir do frio e resulta na redução das emissões e consumo em 1%.

Para mais economia ainda há outros truques, como tratamento de superfície polimérica para componentes do virabrequim. O sistema Start & Stop equipado com Reflex pode desligar o motor antes de o veículo parar, para mais eficiência, por exemplo.

"Estamos, de fato, criando soluções de propulsão sob medida para diferentes mercados ao redor do mundo. Produzir o HR10 e o HR13 no Brasil é um exemplo perfeito de como aproveitamos a expertise local para atender à demanda desse mercado", afirma Guillaume Tuffier, Diretor de Estratégia de Propulsão & Engenharia Avançada da HORSE Powertrain Solutions.

"Com características de condução excepcionais, funcionamento sem falhas com dois tipos de combustível e qualidade comprovada, o HR10 e o HR13 são motores ideais para o mercado brasileiro", complementou.

Foto: Garagem 360
Estadão
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