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Review: Citroën Basalt Turbo é tudo de bom e tem um quê de Fiat

Não só o motor, mas também o ajuste de suspensão, está muito mais para os Fiat do Brasil do que para os Citroën da Europa (e isso é bom)

17 out 2024 - 11h29
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Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Rodamos durante uma semana com o novíssimo Citroën Basalt 200 Turbo na cidade e na estrada, pegando sol e chuva. O carro nos agradou bastante e está muito bem ajustado para as condições brasileiras. Basicamente a Stellantis deu a este Citroën um quê de Fiat, sua marca de maior sucesso no Brasil. E isso tem a ver com suspensão.

A Citroën começou a renascer no Brasil quando lançou o Novo C3. Foi a primeira vez que a engenharia da Stellantis abriu mão do peculiar comportamento dinâmico do carro francês, que tem a traseira meio solta, para ajustá-lo ao gosto do brasileiro – mais firme. Para além disso acrescentou a maciez ao rodar, e o resultado ficou muito bom.

Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O Citroën Basalt Shine, que avaliamos, é a versão topo de linha do novo SUV cupê da Citroën. A exemplo da versão intermediária (Feel AT) e da especial de lançamento (First Edition AT), o Basalt Shine tem câmbio automático CVT de 7 marchas e usa o motor 1.0 Turbo 200 (valor do torque) com 130/125 cv de potência (etanol/gasolina).

O carro é bom. Agradável de dirigir. É bonito. impõe respeito, traz status ao usuário. É desejado devido à sua bonita silhueta, com a frente alta e a traseira em queda. O Basalt foi inspirado no Citroën CX 4 europeu, que, coincidentemente, havíamos dirigido uma semana antes, em Portugal. São carros diferentes, pois o Basalt usa ama plataforma menor (categoria B). 

Não é o caso de compararmos o Basalt brasileiro com o C4 X francês. Os dois carros pertencem a mundos diferentes, em termos de poder aquisitivo da população. Por isso, como é comum em carros “nacionais”, o acabamento é meio pobre, com plástico duro por toda parte, mesmo que disfarçados e com alguma boniteza, como se vê no painel do Basalt.

Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Mas o Basalt Shine tem ótimo preço. Foi lançado com desconto de R$ 10.000, o que deixou seu preço de R$ 115.890 muito competitivo. O Basalt Feel Turbo é ainda mais barato: sai por R$ 112.290. Já o Basalt First Edition, com alguns adereços, custa R$ 118.290. Não dirigimos ainda o Basalt Feel manual, único da linha que tem motor 1.0 aspirado de apenas 75 cv com etanol e 71 cv com gasolina.

O motor Turbo 200 é seguramente o ponto forte do Basalt Shine. Embora seja um motor de apenas 3 cilindros, ele não vibra durante a utilização, tem boa potência, responde prontamente às solicitações do acelerador, é relativamente econômico e oferece boas retomadas de velocidade, pois os 200 Nm de torque estão disponíveis já em 1.750 rpm.

Na prática, você roda com o Basalt 200 Turbo na faixa de 2.000 giros com boa desenvoltura e sem queimar muito combustível. Ele é seguro nas ultrapassagens, tem ótimo comportamento direcional e freia com eficiência. E olha: fizemos uma avaliação com muita solicitação de freios em sequência, numa sequência de estradas com muitas dezenas de quilômetros de curvas fechadas e serras, mas ele não deu o mínimo susto.

Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

É verdade que procuramos poupar os freios (sem “descansar” os pés no pedal de frenagem), para evitar qualquer risco de fading (aquecimento). O Basalt tem freios a disco ventilados na dianteira e a tambor na traseira. Foi perfeito. O câmbio não tem borboleta no volante, mas é possível mudar marchas pela alavanca, o que também foi últil na serra íngreme.

A posição de dirigir é boa, mas poderia ser ainda melhor se o Basalt Shine tivesse ajuste de profundidade do volante de direção; tem apenas ajuste de altura. Como a ergonomia é muito boa, sem problemas. Este é um dos equipamentos que o cliente da Citroën perde por causa do preço competitivo do carro. Outra ausência são os airbags de cortina.

Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Com o mesmo motor do Fiat Pulse, traseira firme e suspensão macia, a sensação que tivemos é a de estar conduzindo um Fiat, só que mais macio… e melhor, por conta da plataforma CMP da antiga Peugeot Citroën, que é mais moderna do que a plataforma MLA do Pulse (oriunda da MP do Fiat Argo).

Outra vantagem da plataforma CMP do Citroën Basalt é a sua distância entre-eixos. O Fiat Fastback, enorme com seus 4,43 m de comprimento, tem 2,53 m de distância entre os eixos dianteiro e traseiro. Já o Citroën Basalt, que mede só 4,34 m, tem 2,64 m de entre-eixos. O modelo da marca francesa é mais espaçoso por dentro. E também mais confortável para os ombros, pois tem 1,82 m de largura contra 1,77 m do Fastback.

Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Aliás, já que estamos citando outro SUV cupê, não custa lembrar que o Citroën Basalt também é mais espaçoso do que o Volkswagen Nivus (4,27 m de comprimento, 2,57 m de entre-eixos e 1,76 m de largura; números arredondados). Quanto ao porta-malas, são 516 litros para o Fastback, 490 para o Basalt e 415 para o Nivus.

Como se vê pelos números, o Citroën Basalt é um carro bastante competitivo. Com o lançamento do Basalt, a Citroën cumpre a primeira etapa de sua transformação, que era a de lançar três modelos “C Cubed”: C3, C3 Aircross e Basalt, cujo nome previsível seria C3 X. O nome Basalt foi uma boa escolha. 

Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Citroën Basalt Shine Turbo 200 AT
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Pela primeira vez a Citroën tem um posicionamento no Brasil: é uma marca de carros acessíveis, mas com boas tecnologias, como a multimídia excelente e o motor turbo 200. Isso sem falar no incrível Citroën Ami, que a legislação brasileira proíbe de circular nas ruas. Em outros tempos, a Citroën seria apenas uma cópia da Peugeot. Hoje, não. É uma marca que renasce e o Citroën Basalt tem tudo para deslanchar nas vendas.

Resta ver como será o desempenho do Basalt 1.0 aspirado. Tomara que ele não queime a boa imagem que o Basalt 200 Turbo deixou na estreia. Saberemos quando o carro for disponibilizado para avaliação.

Guia do Carro
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