Review: Jeep Compass Longitude tem "tudo" por R$ 19 mil a menos
Compass Longitude (intermediário) é bem mais acessível do que o Compass Limited e também entrega segurança e sofisticação
O Jeep Compass tem sido atacado pelos rivais por cima e por baixo, mas ainda é o SUV que reúne as melhores características em sua categoria. Por isso, o Compass Longitude, versão intermediária, que custa R$ 202.990, é uma compra interessante. Ele tem tudo que um carro completo deve ter. Bem, quase tudo. Para começar, ele custa R$ 19 mil a menos do que o Compass Limited.
Com essa diferença, é possível colocar 3.130 litros de gasolina (média nacional de R$ 6,07, segundo a ANP) e rodar nada menos de 37.560 km, considerando a média de 12 km/l na estrada (PBEV). Como o Compass Longitude também entrega quase tudo que o Compass Limited tem, vale a pena considerar.
Rodamos cinco dias com o Jeep Compass Longitude, na cidade, na estrada, pegando chuva e áreas alagadas, e isso mostrou como este SUV ainda é diferenciado. O Toyota Corolla Cross XRX 2.0, por exemplo, é muito mais baixo e não tem o mesmo nível de sofisticação, além de ser menos potente (é mais econômico). São 205 mm contra 161 mm de vão livre e 31 graus contra 36 no ângulo de saída.
O Corolla Cross ataca o Compass por baixo. Por cima, o ataque vem do Haval H6, da GWM. O SUV chinês tem muitas qualidades e preços competitivos, além de ser híbrido, mas não chega nem na cintura do Compass quando o assunto é comportamento direcional.
O Jeep Compass é um carro firme, que anda bem em qualquer terreno, e está absolutamente acertado para o gosto do consumidor brasileiro. É um carro robusto em termos de suspensão e sobre isso ele não pode ser criticado. Mesmo na configuração T270 Flex, com tração 4x2 (dianteira), tem um comportamento dinâmico superior ao de seus concorrentes diretos.
Para quem quiser economizar muito num Jeep Compass 2025 a melhor indicação é a versão Sport, que está com um preço imbatível: R$ 152.990. É por venda direta, mas segundo a Jeep qualquer pessoa com CPF pode fazer essa compra.
Para ter mais sofisticação e equipamentos, entretanto, é preciso chegar ao Compass Longitude, que avaliamos mais uma vez. O motor de 185/180 cv (etanol/gasolina) responde muito bem, o torque de 270 Nm garante versatilidade nas ruas e boas retomadas de velocidade na estrada e o câmbio automático de 6 marchas permite trocas manuais pela borboleta.
A parte de multimídia, com tela de 10,1”, e o painel digital de 10,25” estão no padrão máximo da categoria. É muito fácil conectar o smartphone no Compass Longitude. O som é novo, Premium Beats. O volante e os bancos são de couro. A posição de dirigir também é ótima, mesmo sem ajuste elétrico para o banco do motorista (um dos itens que vêm no Compass Limited, mais caro).
Não concordamos que o design do Jeep Compass “cansou”. Ele tem um desenho muito bom e não perde para a concorrência na passarela dos carros. Na verdade existe uma certa afobação por mudanças nesse momento da sociedade capitalista e, por isso, quando um produto fica mais tempo com seu design começa a ser criticado; só que nem sempre com razão.
Em termos de segurança, o Compass Longitude tem o sistema Adas nível 2:
- Assistente ativo de direção
- Piloto automático adaptativo com Stop&Go
- Comutação automática dos faróis
- Detector de fadiga do motorista
- Aviso de mudança de faixas
- Aviso de colisão frontal com frenagem de emergência com detecção de pedestres e ciclistas
- Reconhecimento de placas de trânsito
Uma coisa que eu prefiro no Compass Longitude em relação ao Compass Limited é o tamanho das rodas (aro 18 contra aro 19). Com aro 18 o Compass Limited tem mais borracha no perfil, o que melhora o conforto e evita certos aborrecimentos em buracos. Os pneus são 225/55 R18 e as rodas têm novo desenho na linha 2025.
Se abastecer com etanol, o usuário do Compass T270 terá 185 cv disponíveis. É com esse combustível que ele vai de 0 a 100 em 10,3 segundos. Com etanol, ele faz 7,2 km/l na cidade e 8,7 na estrada.
Com gasolina o SUV fabricado em Goiana (PE) perde 5 cv na potência, mas consegue fazer 10,1 km/l na cidade e 12,0 na estrada. Depende da região e também do gosto do usuário. Em termos de emissão de CO2, na rodagem ambos emitem bastante.
Com gasolina, são 123 g/km. Com etanol, é ainda mais: 143 g/km. É verdade que o etanol compensa parte das emissões durante o crescimento da cana-de-açúcar, mas não é zero emissão como consta na tabela do PBEV do Inmetro. Zero emissão, por enquanto, só carro elétrico.
Veja abaixo a lista de equipamentos que o Jeep Compass Longitude traz a mais do que a versão Sport, de entrada. E depois, na sequência, veja também quais são os equipamentos extras que a versão Longitude traz por R$ 19 mil a mais. Com essas informações você pode decidir qual é o melhor Compass para suas necessidades.
Equipamentos do Compass Longitude (R$ 202.990)
- Todos os itens da versão Sport, incluindo 6 airbags
- Nova Central Multimidia 10,1” com comando de voz avançado e GPS
- Novo Quadro de instrumentos de 10,25”
- Novo pacote Adas Nível 2
- Novas rodas de 18”
- Novo sistema de som Premium Beats
- Bancos e volante em couro
Equipamentos do Compass Limited (R$ 221.990)
- Todos os itens da versão Longitude
- Novo Adventure Intelligence Plus
- Nova Alexa in-vehicle
- Novas rodas em liga leve de 19”
- 7 airbags
- Banco elétrico para o motorista
- Rebatimento automático dos retrovisores externos
- Retrovisor eletrocrômico
- Teto pintado de preto
- Wireless Charger
O Jeep Compass Longitude também traz algunbs opcionais, mas eles são caros e, nesse caso, vale a pena analisar a mudança de versão. O pacote Teto solar elétrico e panorâmico Command View custa R$ 10.000 (é opcional também no Compass Limited). O pacote Night Eagle (design escurecido + Adventure Intelligence + Alexa in-vehicle + Wireless) custa por R$ 9.000.
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