Rincón teria sido salvo se estivesse num Volvo XC90?
Comparamos o Ford Escape de Freddy Rincón com um Volvo XC90 para saber se os equipamentos de segurança poderiam ter salvado o ex-jogador
Na última quarta-feira (13), o mundo do futebol se despediu de Freddy Rincón. O ex-jogador e treinador colombiano – ídolo do Corinthians e com passagem por Palmeiras, Santos e Cruzeiro no Brasil – morreu aos 55 anos em decorrência de um acidente de carro ocorrido na madrugada do dia 11. No momento do acidente, Rincón estava em um Ford Escape de terceira geração que colidiu com um ônibus ao avançar um sinal vermelho. Mas será que um Volvo XC90 poderia ter salvado a vida do ex-jogador?
Ainda não se sabe ao certo se Rincón dirigia o Ford Escape no momento da colisão ou se ocupava o banco do carona. Investigações preliminares também indicam que além do meia colombiano, também poderia haver até outros quatro ocupantes no carro. Vendido entre 2013 e 2019, o Ford Escape de terceira geração contava com um pacote de equipamentos de segurança recheado para a época em que foi lançado.
O SUV médio da Ford trazia de série airbags frontais, laterais e de cortina – e de joelho para o motorista – freios ABS com EBD, sistema Isofix, além de controles de estabilidade e de tração. A partir de 2017, o Ford Escape também passou a oferecer como opcionais itens como alerta de colisão frontal, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa e monitoramento de ponto cego.
Não era o caso do SUV utilizado pelo jogador, que estava em uma unidade do Ford Escape pré-reestilização, vendido entre 2013 e 2016. Em comparação com o Volvo XC90, o SUV de Rincón devia alguns equipamentos importantes. Dentre eles, somente o modelo sueco oferece frenagem automática de emergência, detector de veículos, pedestres, ciclistas e grandes animais, sistema de visão 360º, alerta de tráfego traseiro e cruzado, além de um sistema de condução semi autônoma que funciona em velocidades de até 130 km/h.
O Volvo XC90 também oferece um sistema que aciona os freios automaticamente, caso o condutor tente cruzar a frente de outro veículo que esteja na direção oposta – o que foi o caso do acidente de Rincón. Em caso de colisão iminente, o SUV atua para diminuir o impacto, tensionando os cintos de segurança e alterando os ajustes dos bancos para evitar lesões na coluna e no pescoço.
Em 2022, o Volvo XC90 conquistou o prêmio Top Safety Pick+ (TSP+) para os veículos testados pelo IIHS (Instituto de Segurança Rodoviária) nos EUA. Além disso, o modelo também obteve cinco estrelas no teste realizado pelo EuroNCAP em 2015, com um índice de 97% de proteção para ocupantes adultos, 87% para crianças, 72% para pedestres e 94% para equipamentos de segurança.
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Já o Ford Escape (Kuga) foi testado pelo EuroNCAP em 2012. Na época, o SUV também obteve cinco estrelas no teste de colisão, com um índice de 94% de proteção para ocupantes adultos, 86% para crianças, 70% para pedestres e 100% para equipamentos de segurança nos padrões do teste válidos até 2019 – pouco antes do lançamento da quarta geração do modelo.
Sendo assim, é possível que um Volvo XC90 pudesse salvar a vida do ex-jogador da Seleção Colombiana. Isso porque, além da diferença estrutural entre os dois modelos, o SUV sueco também oferece equipamentos de segurança ativa e passiva que poderiam ter evitado, ou ao menos amenizado o acidente. Em um futuro próximo, a Volvo – que já oferece os carros mais seguros da América Latina – quer controlar os carros dos clientes para evitar colisões.
