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Stellantis e ABVE divergem sobre o que é carro micro-híbrido

Para a montadora, micro-híbridos são os carros que têm sistema Start-Stop; para a associação, são os chamados híbridos leves

31 jul 2024 - 11h53
(atualizado às 12h28)
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Stellantis divide os híbridos leves em dois níveis e rejeita o termo micro-híbrido
Stellantis divide os híbridos leves em dois níveis e rejeita o termo micro-híbrido
Foto: Stellantis / Guia do Carro

Em maio deste ano, a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) passou a denominar o sistema MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle) de micro-híbrido, ao invés de híbrido leve. Segundo a associação, o objetivo foi dar mais clareza ao público sobre as novas tecnologias.

Muitos especialistas não concordam com a classificação híbrido leve e usavam outros termos, como semi-híbrido ou meio híbrido, para diferenciá-los dos híbridos completos, pois os MHEV não tracionam o veículo. A partir da decisão da ABVE, o termo micro-híbrido para MHEV passou a ser padrão na mídia, mas não entre as montadoras.

Nesta terça-feira, 30, a Stellantis contestou essa classificação. Numa apresentação sobre descarbonização, João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, disse que micro-híbridos são carros a combustão sem motor elétrico, mas com o sistema Start-Stop. E que os MHEV devem ser chamados de híbridos leves porque têm tecnologias ligadas à propulsão.

A Stellantis também subdividiu os MHEV em duas faixas: uma com bateria de 12V (com um pequeno motor elétrico) e outra com bateria de até 48V (com dois pequenos motores elétricos). Segundo a Stellantis, a ABVE se baseou em uma nomenclatura usada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, mas que não é um órgão ligado à indústria automotiva.

Normas de hibridização atualmente em vigor no Brasil mostradas pela Stellantis
Normas de hibridização atualmente em vigor no Brasil mostradas pela Stellantis
Foto: Stellantis / Guia do Carro

A Stellantis observa que o termo híbrido leve consta na norma SAE J1711 (Estados Unidos) e na norma ABNT NBR 16567 (Brasil), enquanto o termo micro-híbrido consta da norma ABNT NBR 6601. A empresa disse que seu objetivo foi “dar um pouco de luz neste assunto de normas que regulamentam os híbridos”.

Para além das normas, também exste uma questão de marketing. Embora os especialistas façam a diferenciação entre o que é um carro híbrido HEV (que traciona o veículo) e um carro MHEV (que influi na propulsão, mas não traciona o veículo), os departamentos de marketing das empresas não fazem essa diferenciação.

Pelas normas, um Toyota Corolla Cross Hybrid (HEV) e um Caoa Chery Tiggo 7 Hybrid (MHEV) são híbridos diferentes, porém os dois carros estampam a palavra “Hybrid” na carroceria – e isso pode confundir o consumidor. Também diferente é um Honda Civic Advantage Hybrid (HEV), que tem um sistema híbrido mais avançado do que o do Corolla Cross e do Tiggo 7.

Nas tabelas da ABVE há também uma diferenciação entre o que é HEV e HEV Flex, mas não há uma diferenciação entre MHEV e MHEV Flex (que também existe).

João Irineu Medeiros também afirmou que considera normal que existam dúvidas sobre as normas. "Geralmente a tecnologia vem antes das normas", comentou o vice-presidente da Stellantis. Por enquanto, os futuros híbridos da Stellantis são apresentados como Bio-Hybrid (MHEV), Bio-Hybrid e-DCT (HEV) e Bio-Hybrid Plug-in (PHEV).

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