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Confira os pontos fortes e fracos do novo Kia Cerato

O Kia Cerato vai brigar com Honda Civic, Toyota Corolla, Volkswagen Jetta, Citroën C4 Pallas, Peugeot 408, Nissan Sentra, Hyundai Elantra e Chevrolet Cruze

13 abr 2013 - 09h00
(atualizado às 16h17)
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A Kia quer aproveitar um hiato entre as últimas renovações e os próximos lançamentos de sedãs médios no Brasil (leia-se Honda Civic, Toyota Corolla, Volkswagen Jetta, Citroën C4 Pallas, Peugeot 408, Nissan Sentra, Hyundai Elantra e Chevrolet Cruze) para emplacar seu Cerato como uma opção de carro renovado a um preço competitivo. O Terra testou os modelos manual (R$ 67.400) e automático (R$ 71.900), que chegaram às concessionárias já nesta última semana. Primeiro, as impressões sobre o carro e, por último, a questão do preço.

De cara é possível observar um dos acertos dos coreanos na reformulação: o design externo. Todo renovado, o Cerato ganhou faróis e lanternas mais finas, desenho diferente nas laterais e ficou um pouco maior (3 cm), mais alto (2,5 cm) e mais largo (0,5 cm). As mudanças foram suficientes para dar ar de carro novo ao sedã e não a impressão de apenas uma “maquiagem”, seguindo os mesmos traços da antiga versão.

O ganho de alguns centímetros é outro ponto positivo do novo Cerato. Nos bancos da frente motorista e passageiro viajam confortáveis, com pernas esticadas. Para quem vai atrás, mesmo com os bancos da frente todos recuados, os passageiros não se apertam. Uma pessoa com 1m80 fica com os joelhos longe dos encostos e também tem bastante espaço até o teto do carro. Tamanho também não é problema no porta-malas: são 421 l ou tamanho suficiente para levar três malas de viagem grandes.

Por falar em acertar a posição dos bancos, ponto negativo para o novo Cerato. A única possibilidade de acerto elétrico é para o apoio lombar. Encosto e distância do banco para o painel são ajustados manualmente. Outro detalhe que a Kia poderia aprimorar é revestir os estofados com couro (nem como opcional existe a possibilidade). Os bancos são fabricados em tecido.

O sedã não é um carro de luxo, mas se por um lado a Kia acertou ao caprichar no acabamento do volante e alavanca de câmbio (em couro) poderia ter conferido a mesma atenção às demais partes internas do novo Cerato. Uso de materiais mais finos no console e apoios daria uma sensação de custo-benefício melhor para quem gasta R$ 72 mil em um carro. Outro ponto que destoa da aparência bem acabada no geral é a cor dos indicadores do rádio, relógio e termômetro, todos na parte central do console, iluminados em laranja e com um layout mais simples em relação ao painel que tem velocímetro e conta-giros analógicos e, entre eles, indicadores do computador de bordo com informações exibidas em um tipo mais atual e com luz branca.

Por falar em volante, nele a Kia acertou e colocou comandos de operação do rádio, funções do computador de bordo e o controle dos três modos de direção. A decisão dá mais praticidade ao motorista, que também é privilegiado na ergonomia do painel. A parte central onde estão o rádio e os controles do ar-condicionado é levemente virada para o lado do motorista. Ainda sobre o volante: na versão automática, ele já conta de série com borboletas na parte de trás, para troca de marchas no modo manual.

Continuando no que diz respeito à vida a bordo, o ar-condicionado dual zone é outro equipamento que funciona no novo Cerato. Permite que motorista e passageiro controlem a temperatura que desejam independente um do outro. O sistema de refrigeração tem saídas para o banco traseiro e também é eficiente para quem está sentado atrás.

Na hora de acelerar, o carro mostra agilidade tanto na versão manual quanto na automática. Mas isso levando-se em conta o motor 1.6 l de até 128 cavalos (abastecido com etanol) que o equipa. A concorrência leva vantagem ao ser empurrada por propulsores 1.8 l ou 2.0 l. O câmbio de seis marchas funciona tanto na versão manual quanto na automática – embora a sexta velocidade deixe o carro a rotações bem baixas (abaixo dos 3 mil giros a 120 km/h) – o que a torna difícil de usar no tráfego da cidade.

Uma das boas impressões do carro foi deixada pelos três modos de direção. Na opção “Sport”, volante mais duro e maior controle do carro em curvas ou altas velocidades. A opção “Comfort” deixa o volante mais mole, e nítida a diferença quando acionada para fazer uma baliza, por exemplo. Há ainda a opção “Normal”. Além da opção de volante mais sensível, quando o motorista for estacionar conta com sensores de estacionamento tanto na traseira quanto na dianteira do novo Cerato.

Parte 2: preço

Com mais pontos positivos que negativos, o novo Cerato já tem atributos para brigar na categoria dos sedãs médios. Porém, ele poderia ser uma opção fantástica a seus concorrentes se não fosse um detalhe. Como tem dito desde o ano passado o presidente da Kia no Brasil, José Luiz Gandini, a elaboração do Inovar-Auto (programa que regula o setor automotivo no País) foi um golpe para sua empresa. Nas contas do diretor de vendas da marca, Ary Jorge Ribeiro, em uma conta simplista, sem os 30 pontos percentuais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que todos os carros da Kia hoje pagam ao serem trazidos da Coreia do Sul, a versão topo do novo Cerato poderia custar cerca de R$ 50 mil, contra de Civic, Corolla ou Jetta.

Mesmo assim, o carro coreano, que tem garantia de 5 anos ou 100 mil km, tem atrativos para quem busca um sedã médio por até R$ 72 mil.

Kia lança o novo Cerato:
Ficha técnica

Carroceria: sedã

Motor: 1.6 l flex quatro cilindros e 16 válvulas

Potência: 122 cavalos (gasolina) e 128 cavalos (etanol)

Transmissão: seis velocidades manual ou automática

Itens de séries: borboleta atrás do volante para troca de marchas (apenas na versão com câmbio automático), ar-condicionado digital com saídas também para a parte traseira, direção elétrica, banco do motorista com regulagem elétrica para lombar, computador de bordo com controles no volante, sistema de som com quatro alto-falantes e também controlado por botões no volante, air bag frontal duplo, volante com ajuste de altura e profundidade, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro

O jornalista viajou a convite da empresa

Fonte: Terra
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