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Teste: A3 Sedan chega com preço agressivo para ser carro-chefe

O modelo será o primeiro a ser nacionalizado na planta de São José dos Pinhais (PR), com produção prevista para o último trimestre de 2015

2 fev 2014 - 10h00
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A Audi não esconde que a sua maior aposta para o mercado brasileiro é o A3 Sedan, que começou a ser vendido em janeiro por R$ 116.400. O preço “agressivo” em relação a concorrência, o Mercedes-Benz CLA (R$ 150 mil), já faz parte da meta de emplacar 3,5 mil unidades neste ano e tornar o sedã compacto o “carro-chefe” da marca no Brasil. 

O modelo será também o primeiro a ser nacionalizado na planta de São José dos Pinhais (PR), em conjunto com a Volkswagen, com produção prevista para o último trimestre de 2015. A unidade receberá até lá investimento de R$ 500 milhões para a ampliação e montará também o SUV pequeno Q3, a partir do primeiro trimestre de 2016.

De acordo com o presidente e CEO da Audi do Brasil, Jörg Hofmann, dessa vez a empresa vem para ficar no Brasil, com uma meta de atingir 30 mil unidades vendidas em 2020 – no ano passado a marca vendeu 6,6 mil carros e a expectativa para 2014 é de 10 mil. “Para vender 30 mil carros por ano, precisamos conquistar novos clientes e ter bom preço para os modelos de entrada”, afirmou.

No entanto, a política de preços não deve afetar o conteúdo dos carros. Segundo Hofmann, a Audi poderia cobrar mais caro pelo A3 Sedan, que tem teto solar, bancos em couro, ar-condicionado digital de duas zonas, câmbio automático de dupla embreagem e sistema start/stop. “O carro feito no Brasil será o mesmo”, aponta o executivo. 

Os planos da Audi para a produção local também visam uma independência maior do câmbio, com compra de peças locais, mas não prevêem preços menores futuramente. “O Brasil tem um fator imprevisível que são os impostos. Posso falar agora apenas que nossa expectativa é de pelo menos manter a faixa atual de preços”, disse Hofmann.

Teste

O A3 Sedan chega ao mercado nacional apenas em uma versão, equipada com motor turbo de 1.8 litro, que desenvolve 180 cavalos de potência, que parecem escondidos em algum lugar ao dar partida por meio do botão no console central. Quase não se ouve nada, mas o propulsor “acorda” com um toque acentuado no acelerador e dispara aliado à transmissão S Tronic de sete velocidades. Segundo a Audi, a aceleração até 100 km/h é feita em 7s3 e a velocidade máxima chega a 235 km/h.

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Acima de 120 km/h, a direção com assistência elétrica fica quase que puramente mecânica, mais dura, para evitar mudanças bruscas indesejadas, mas a levada de condução tem o conforto de um sedã. Na comparação com o A3 hatch, o modelo tem 146 mm a mais no comprimento e 11 mm na largura, com 9 mm a menos na altura e entre-eixos praticamente igual.

Se o espaço interno é de um carro médio, ele foi bem aproveitado, com entrada para USB e cartão SD escondidos no porta-luvas e console central, que é dominado apenas pela manopla de câmbio e ajustes do ar-acondicionado. O banco de couro tem mecanismo elétrico para o motorista, inclusive com ajuste lombar, mas o passageiro fica com o processo mecânico. A traseira acomoda confortavelmente mais duas pessoas.

A tela multimídia retrátil de série aparece em cima do painel com um comando e agrupa as funções de rádio, GPS e Drive Select, que configura o veículo de acordo com seu estilo de direção (Comfort, Auto, Dynamic, Efficiency e Individual). Tudo é controlado pelo giro de um grande botão que tem superfície sensível ao toque. Em vez de procurar as letras no alfabeto mostrado na tela, é possível desenhar com o dedo e obter o mesmo resultado.

Além do sistema start/stop, que desacopla o motor com o veículo parado, o modo “eficiente” tem um outro sistema que economiza combustível, uma espécie de “ponto morto”, que deixa as rodas livres para rodar quando o motorista tira o pé do acelerador em baixa velocidade. De acordo com Lothar Weninghaus, consultor técnico da Audi, este sistema economiza 0,3 litro a cada 100 km rodados.

Na comparação com seu único rival direto, o Mercedes CLA, o A3 Sedan tem visual mais conservador, até mesmo por ser um sedã e não um cupê como o concorrente, que conta também com a esportividade de bancos no estilo “concha”. No entanto, o modelo da Audi sobra no desempenho, com 1s2 de vantagem na aceleração a 100 km/h, e também no preço. Mesmo com o GPS, que é opcional e custa R$ 9,9 mil, o A3 atinge R$ 126 mil, ante R$ 150 mil do CLA. Essa briga ainda ganhará um novo integrante neste semestre, o BMW Série 2, que ainda não tem preço definido para o Brasil.

  Audi A3 Sedan Mercedes-Benz CLA
Motor 1.8 l Turbo  1.6 l Turbo
Potência 180 cv 156 cv
Câmbio S Tronic (7 vel.) 7G DCT
0-100 km/h 7s3 8s5
Vel. Máxima 235 km/h 223 km/h
Pneus 225/45 R17 225/40 R18
Porta-malas 425 litros 470 litros
Peso 1.295 kg 1.430 kg

Audi A3 Sedan - Itens de série:

alavanca de câmbio em couro, apoio lombar de 4 vias, ar-condicionado automático de 2 zonas, banco do motorista com ajuste elétrico, bancos em couro sintético, espelhos retrovisores eletricamente ajustáveis, rodas de liga leve 17“, airbags frontais para motorista e passageiro, com airbag de joelho para o motorista, airbags laterais dianteiros de cabeça, Audi Drive Select, 

direção Servotronic, controle eletrônico de estabilidade, faróis bi-xênonio com ajuste automático de altura, faróis de neblina, limpador dos faróis, sistema Start/Stop, travamento central com controle remoto a distância, sensor de luz e chuva, teto solar elétrico panorâmico, volante esportivo em couro, multifuncional e com shift-paddles

Fonte: Terra
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