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Usiminas deve vender Automotiva no 1ª semestre

Companhia quer reduzir o endividamento e se concentrar na produção de aço

19 fev 2013 - 14h25
(atualizado às 14h28)
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<p>Companhia deve vender empresa em meio a meta da companhia de reduzir o endividamento e se concentrar em operações centrais para produção de aço</p>
Companhia deve vender empresa em meio a meta da companhia de reduzir o endividamento e se concentrar em operações centrais para produção de aço
Foto: Divulgação

A Usiminas deve  vender sua divisão de produção de cabines de caminhões, Automotiva, no primeiro semestre deste ano, em meio à meta da companhia de reduzir o endividamento e se concentrar em operações centrais para produção de aço.

A companhia encerrou 2012 com prejuízo anual de R$ 531 milhões, o primeiro em mais de uma década , e espera reduzir o nível de endividamento de 4,7 vezes sua geração de caixa para nível abaixo de 3 vezes ao final de 2013.

Para isso, entre medidas de redução de custo, a companhia quer acelerar a venda de ativos não essenciais para a produção de aço, incluindo imóveis e também a Automotiva Usiminas. "A Usiminas espera concretizar durante o primeiro semestre de 2013 algumas vendas de ativos não essenciais e não operacionais, como também operacionais, como é o caso da Automotiva Usiminas", afirmou o presidente da maior produtora de aços planos do país, Julián Eguren.

Segundo o vice-presidente financeiro da empresa, Ronald Seckelmann, a Usiminas mantém algumas negociações em andamento sobre venda de ativos, mas evitou citar valores. O diretor vice-presidente de subsidiárias, Paolo Felice Basseti, acrescentou: "A Automotiva é um cliente da Usiminas e está pronta e posicionada para subir a outro patamar e para fazer isso necessita naturalmente de uma companhia que possa ajudá-la a se desenvolver e considera a Automotiva como parte do núcleo de seus negócios."

Segundo Basseti, a Automotiva, que foi reestruturada em 2012 em meio a um tombo de 20% nas vendas de caminhões, teve margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre 13% e 14% nos últimos seis meses. "Achamos que para o setor em que a Usiminas está atuando é razoável", disse Basseti.

Em dezembro, Eguren já havia comentado que a Usiminas estava aberta a joint-ventures ou venda da unidades e citou ainda a Usiminas Mecânica, que atua em segmentos como estruturas metálicas e produção de vagões ferroviários . As ações da Usiminas, que chegaram a operar em baixa após a divulgação dos resultados, exibiam alta de 0,8% às 12h59, enquanto o Ibovespa mostrava ganho de 0,4%.

Projeções

Eguren afirmou que após o prejuízo de 2012 a Usiminas continua focada em contenção de custos em meio à crise no mercado siderúrgico mundial e que está estudando eventual desativação de mais uma linha de lingotamento contínuo de sua usina em Cubatão (SP).

A usina tem quatro linhas de lingotamento contínuo, que produz produtos semiacabados como blocos e placas, e já tinha desativado uma delas, afirmou Eguren. "Estamos estudando o fechamento de uma nova linha de lingotamento para um futuro próximo (...) Temos oito máquinas no total (incluindo quatro equipamentos na usina mineira de Ipatinga) e estamos concentrando a produção nas máquinas com máximos índices de produtividade", afirmou o executivo.

Apesar de operar com menos máquinas, a produção da Usiminas em 2012 cresceu 7%, para 7,16 milhões de toneladas. A Usiminas estimou vendas de aço entre 6 milhões e 6,5 milhões de toneladas em 2013, queda ante o volume de 6,88 milhões de toneladas do ano passado. A estimativa para as vendas de minério de ferro este ano também é de entre 6 milhões e 6,5 milhões de toneladas, após 6,1 milhões em 2012.

Segundo o diretor comercial da Usiminas, Sergio Leite, a companhia está acompanhando os preços de aço nos mercados internacionais, "que apresentam viés de alta no primeiro trimestre". Em janeiro a empresa reajustou em 5 por cento, em média, preços para o setor de distribuição e Leite comentou que a Usiminas deve concluir negociações com a indústria até abril. Contratos de longo prazo com montadoras de veículos foram acertados no ano passado, acrescentou.

Leite disse ainda que a Usiminas deve reduzir em cerca de 30% a 40% a exportação de placas de aço neste ano, para aproveitar o produto semi-acabado em suas próprias laminadoras. A empresa exportou 700 mil toneladas de placas no ano passado.

A Usiminas estima investimento de R$ 1,5 bilhão em 2013, praticamente em linha com os R$ 1,6 bilhão aplicados em 2012, em meio ao encerramento dos grandes aportes no segmento de siderurgia iniciados há alguns anos.

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