Venda de automóveis, caminhões e ônibus cai no 1º trimestre
O número de veículos vendidos teve queda de 7,15% no mês de março, em relação a fevereiro
A venda de automóveis, caminhões e ônibus no Brasil recuou no primeiro trimestre do ano. Segundo dados da Fenabrave divulgados nesta quarta-feira, o número de emplacamentos de automóveis caiu 4,91% para 581 mil, ante 611 mil no mesmo período do ano passado. Já a comercialização de caminhões e ônibus decresceu em 11,23% e 6,97%, respectivamente.
O resultado geral só não foi pior graças a um avanço de 9,52% em comerciais leves e 3,75% em motos. Contando tratores, máquinas agrícolas e implementos rodoviários, os emplacamentos apresentaram uma leve queda de 0,5% em relação a 2013.
Março
O número de veículos vendidos teve queda de 7,15% no mês de março, em relação a fevereiro. O balanço, que inclui automóveis, comerciais leves (como vans e furgões), caminhões e ônibus, mostra que foram comercializadas 240.807 unidades no mês passado, sendo que, em fevereiro, foram vendidos 259.345 veículos. Em relação a março de 2013, foi registrada uma retração de 15,18%.
Marcas
A Fiat lidera o mercado nacional de automóveis e comerciais leves com 22,57% do total de emplacamentos no ano, seguida de perto General Motors (17,68%) e Volkswagen (17,51%). Completam o ranking, a Ford (9,09%), Renault (6,69%) e Hyundai (6,59%).
Previsão
O presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti, disse que é difícil fazer previsões confiáveis, já que 2014 está sendo um ano atípico, com diminuição de dias úteis, devido ao carnaval no mês de março e aos feriados nacionais durante a Copa do Mundo, e por ser um ano de eleições presidenciais, o que traz volatilidade à economia.
Com base nessa dificuldade, a Fenabrave trabalha com duas projeções de vendas até o final deste ano. Num cenário otimista, o setor fecharia o ano com uma alta de 0,29% nas vendas. Diante de um cenário mais negativo, o setor sofreria uma queda de 3,24%. Para Meneghetti, a segunda projeção é a mais provável de ocorrer.
De acordo com ele, o segmento está pessimista diante da queda registrada no acesso ao crédito. "O apetite dos bancos em assumir riscos diminuiu tremendamente, e a nossa atividade está atrelada ao financiamento de longo prazo", declarou. Além disso, com a inclusão de airbag e freio ABS nos carros, as fábricas tiveram que repassar o aumento de preço, com alta média de 5%.
Meneghetti destacou também que, ano passado, houve uma antecipação de compras muito forte. Segundo ele, as perspectivas de baixo crescimento do país e a possibilidade de alta na inflação pesam negativamente sobre o segmento de veículos.
Com informações da Agência Brasil.