Vendas de carros híbridos e elétricos recuam 9,5% em Setembro
Aumento dos impostos para carros elétricos, plug-in e híbridos convencionais começa a dar o resultado que a Anfavea queria
As vendas de carros elétricos, plug-in e híbridos convencionais teve um importante recuo de 9,5% em Setembro, informa a Cavalcante Consultores, fechando o mês em 13.277 unidades. A maior queda registrada foi dos híbrdos plug-in (categoria do BYD Song e do Haval H6), com -16,1%.
Os carros elétricos recuaram 8% e os híbridos convencionais (categoria do Toyota Corolla Cross) tiveram queda de 5,3%. A única categoria que não caiu foi a dos micro-híbridos (MHEV), que registrou aumento de 9,7%.
É nessa categoria que se concentrarão os futuros lançamentos das montadoras tradicionais e onde estão os carros de luxo chamados de “híbridos leves”, que têm permissão para circular no rodízio mesmo com alta emissão de CO2 (devido à grande potência dos motores ou do uso de diesel como combustível).
O aumento dos impostos para carros elétricos, plug-in e híbridos convencionais começa a dar o resultado que a Anfavea queria, para que as montadoras tradicionais não percam participação de mercado durante a transição energética.
Segundo o consultor Marcelo Cavalcante, as marcas que mais caíram em Set/2024 foram a Audi (-50,5%), a Ford (-44,4%), a Caoa Chery (-43,8%), a Kia (-38,9%) e a Mini (-34,5%). A Volvo também registrou uma forte queda nas vendas do mês (-27,8%).
Entre as marcas líderes, do Top 10, a BYD teve o maior recuo de vendas (-11,1%). Depois aparecem a BMW (-9,8%), a GWM (-9,4%) e a Land Rover (-7,5%). Somente a Mercedes-Benz conseguiu crescer nesse grupo (+36,4%), porém com pequeno volume, de 643 carros.
A marca mais vendida no segmento de eletrificados foi a BYD com 5.961 unidades, seguida da GWM com 2.259 e da Toyota com 1.691. Entre os modelos, a queda também foi generalizada, com fortes recuos do Volvo XC60 (-32,%), do BYD King (-28,9%) e do BYD Song (-13,7%).
Somente o BMW X3 (+4,9%) e o Toyota Corolla (+1,8%) conseguiram crescimento nas vendas de Setembro, comparadas com Agosto.
“A queda nas vendas de elétricos e híbridos em Setembro não é um indicador de mudanças de comportamento de mercado, essa sazonalidade era esperada devido a vários fatores, como a chegada de produtos com novas alíquotas, o lançamento de novos modelos, processos de liberação de importação”, comenta Marcelo Cavalcante.
Ele acrescenta que “as novas tecnologias exigem por parte das equipes comerciais e dos departamentos de marketing um trabalho extra de