Virtus Exclusive acaba com Virtus GTS (e ninguém lamenta)
Entenda a tática da Volkswagen para manter o novo Virtus competitivo (e mais caro) no segmento de sedãs
A Volkswagen apresentará em breve o Novo Virtus 2023. O carro passa por um facelift e terá algumas ideias introduzidas no Novo Polo. Mas não todas. Uma das novidades deve ser a estreia do Virtus Exclusive, que, segundo o site Autos Segredos, matará o Virtus GTS.
Ninguém vai lamentar a morte do Virtus GTS, se ela se confirmar. Não que o carro não seja bom – ele é. Mas porque ele não entrega tudo que sugere. Muitos consumidores veem o Virtus GTS como um sedã esportivo e se decepcionam, pois o carro não vai muito além de um motor mais potente e de detalhes visuais. Vende pouco e, por isso, deve sair de linha.
Para a estratégia da Volkswagen, que é tornar o Virtus mais próximo daquilo que um dia foi o VW Jetta, a tática parece ser interessante: sai o GTS, entra o Exclusive. Assim, mantém o motor 250 TSI 1.4 na linha, porém com um aspecto mais sóbrio e com mais sofisticação. Isso tem mais potencial de trazer clientes do que um carro com design esportivo.
Aliás, a linha GTS permanece no Polo, portanto os fãs da grife continuam sendo atendidos, embora com uma opção a menos. Com a chegada do Virtus Exclusive com motor 1.4 turbo de 150 cv de potência e 250 Nm de torque, a Volks pode mexer para baixo nas demais versões do sedã compacto.
Atualmente o Virtus tem três versões: a já citada GTS 250 TSI e duas com motor 200 TSI (Confortline e Highline). Esse motor é 1.0 turbo e tem 128 cv com 200 Nm. No caso do Polo, a Volkswagen simplesmente o tirou de linha a adotou o motor 170 TSI, que também é 1.0 turbo, mas de 116 cv e 165 Nm. A vantagem é que ele torna o carro mais econômico.
Entretanto, o Virtus pesa mais do que o Polo e, por ser um carro de três volumes, é procurado por quem carrega bastante bagagem, o que acentua ainda mais a questão do peso. Não seria uma má ideia, portanto, manter o 200 TSI no sedã, pelo menos na versão Highline.
Mas a Volkswagen não costuma dar motor diferente para versões iguais (no caso, Polo Highline e Virtus Highline). É mais provável que o Virtus tenha duas ou três versões TSI 170. Quanto a uma versão MPI 1.0 aspirada, como a do Polo, é quase impossível, justamente pela questão da relação peso/potência.
Mas a estratégia da Volkswagen não deve parar no Novo Virtus 2023. A montadora alemã trabalha também num sedã inédito, que usará a mesma plataforma do Polo Track, para substituir o Voyage. Apostamos num Virtus Track, pois isso vai facilitar a comunicação do produto.
