Volkswagen está interessada em comprar Fiat, diz revista
Donos da Fiat querem mudar o foco da empresa para a marca Ferrari e deixar o tradicional negócio automotivo, segundo a Manager Magazin
A Volkswagen manteve conversas com donos da Fiat Chrysler Automobiles sobre a compra da montadora italiana, disse a revista mensal alemã Manager Magazin em seu website nesta quinta-feira, citando fontes não identificadas.
Os donos da Fiat querem mudar o foco para a marca Ferrari e deixar o tradicional negócio automotivo, disse a publicação, sem ser mais específica. As ações da Fiat chegaram a saltar cerca de 5%, e às 07h31 (horário de Brasília) subiam 2,89% na bolsa de Milão. O papel da Volkswagen caía 2,33% na bolsa alemã.
No entanto, a Fiat já desmentiu qualquer tipo de negociação sobre uma possível fusão. Os dirigentes da Fiat asseguram em um comunicado que não houve qualquer tipo de conversa com a Volkswagen a respeito de uma fusão. "O grupo Volkswagen estuda as possibilidades de compra total ou parcial de seu concorrente ítalo-americano Fiat Chrysler", escreveu o jornal Manager Magazin em um artigo publicado nesta quinta-feira.
A holding Exor, da família Agnelli, que detém uma fatia de 30% na Fiat, não comentou de imediato. A revista Manager Magazin disse que a Volkswagen e os donos da Fiat ainda estão longe de alcançar um acordo sobre um possível preço pela montadora italiana.
Ao comprar a Fiat Chrysler, a Volkswagen espera usar a rede de distribuição da Chrysler nos Estados Unidos para ajudar a resolver seus problemas no segundo maior mercado automotivo do mundo, onde as vendas da principal marca da Volks estão fracas, disse a revista.
O presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, disse em uma coletiva de imprensa em março que a empresa não tinha planos naquele momento de expandir o grupo por meio de novas aquisições, enquanto foca em integrar sua rede de 12 marcas.
A alemã, que tinha uma reserva de caixa de quase 18 bilhões de euros no fim de março, expressou repetidamente interesse na marca Alfa Romeo, da Fiat, apesar de recusas do presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne.