Volvo XC90 é tão tecnológico que até dirige sozinho
Segunda geração do SUV demorou 12 anos para ser lançada, mas veio bem recheada de novidades
O mundo era bem diferente em 2002: o Brasil conquistou o seu quinto título mundial de futebol, o euro entrou em circulação e a Volvo lançou o XC90. O jipão sueco foi bem recebido no mercado, mas veio a crise e a Ford (então controladora da empresa) acabou vendendo-a em 2009 para a Geely, da China. A troca de comando atrapalhou o desenvolvimento de novos produtos da Volvo. Assim, só depois de 12 anos a marca finalmente conseguiu lançar a segunda geração de seu SUV.
O novo XC90 chegou ao país na versão T6, de R$ 319.000, com motor 2.0 de 320 cv, câmbio de oito marchas e sete lugares. O painel agora exibe um enorme monitor com apenas um botão físico em sua base. Como no iPad, a tela é capacitiva e extremamente intuitiva, repetindo os comandos básicos usados em smartphones. O controlador de velocidade adaptativo, o sistema de frenagem autônoma e o alerta de mudança de faixa foram reprogramados para permitir ao carro algo ainda incomum: rodar sozinho.
Vai de boa - Em vias com sinalização horizontal em bom estado, o XC90 permanece na faixa e acompanha o tráfego. Câmeras na parte interna do parabrisa leem as placas de velocidade e mantêm o carro na máxima permitida. Até no quesito dirigibilidade, algo nem sempre prioritário para o interessado em um enorme SUV, o XC90 surpreende. Ao volante, ele nem parece ter 2.125 kg e 4,95 m de comprimento. E no modo de condução Dynamic, o Volvo entrega um desempenho de sedã médio, obtendo aceleração de 0 a 100 km/h em ótimos 7s1. E o melhor: tudo isso por um valor inferior ao de concorrentes de marcas alemãs premium, por exemplo.
Espaçoso, bem acabado e com mais recursos tecnológicos que um Mercedes S, o XC90 poderia ser facilmente encontrado em garagens nos bairros do Morumbi (em São Paulo) e da Barra da Tijuca (no Rio de Janeiro). Só que, nesses locais, há somente duas concessionárias Volvo — no Brasil inteiro, são 27 revendas. Esse será um problema que a Volvo terá de resolver com a ampliação de sua rede no território nacional, ou com a nomeação de oficinas autorizadas. De qualquer forma, parece ser um obstáculo fácil de superar para quem consegue reunir tantos atributos em um automóvel. Só não é recomendável levar tanto tempo.