Volvo: "Europa deve manter prazo para fim do motor térmico"
Declaração assinada pela companhia pede para que a União Europeia não altere a data. "É a melhor maneira de reduzir as emissões", diz CEO
A Volvo não quer que a Europa mude a data para a proibição de vendas de carros com motor a combustão interna, que será em 2035, pois acredita que os carros elétricos são o melhor caminho para o setor
Uma declaração obtida pela Bloomberg afirma que a Volvo - ao lado de outras 49 empresas - pediu à União Europeia para que a data para o fim dos carros com motor à combustão no continente não seja alterada.
A marca sueca acredita que essa é a melhor maneira de reduzir as emissões de modo que o planeta possa ser "salvo". Vale lembrar que a empresa decidiu em 2021 que se tornaria puramente elétrica até o final desta década, inclusive no Brasil, e que foi a primeira marca a ter uma linha de produtos 100% eletrificada.
As palavras foram registradas na declaração pelo CEO global da empresa, Jim Rowan, que afirmou: "A eletrificação é a maior ação que nosso setor pode tomar para reduzir sua pegada de carbono". As regras atuais determinam que carros novos com motores a combustão interna deixem de ser produzidos em 2035.
Detalhe: a Volvo não é a única produtora de automóveis que concorda com a data. A Rivian, norte-americana, também acha que a União Europeia deve manter o plano. A Bloomberg ainda apontou que outras montadoras se recusaram a assinar, mas que marcas como Uber e Ikea assinaram e concordam com o documento.
E também vale lembrar que existem empresas que só fazem carros elétricos - como Tesla, Polestar e Zeekr, que não estão diretamente envolvidas com a declaração - que certamente estariam de acordo.
O acordo para a data de 2035, no entanto, deve mudar. No começo do ano, um diretor da Porsche chamado Lutz Meschke revelou que a proibição poderia sofrer alterações.
Já no começo de setembro, o ministro do meio ambiente e segurança energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, afirmou que "a proibição deveria ser alterada" pois a "visão ideológica do projeto" falhou. A primeira-ministra daquele país, Giorgia Meloni, tem opinião parecida: "A proibição em 2025 seria 'autodestrutiva'".