Ônibus aquático de SP começa a operar na Billings com horário parcial
Modal hidroviário teve inauguração realizada nesta segunda-feira pela Prefeitura de São Paulo. Até o fim do ano, operação ocorre de forma assistida
A Prefeitura de São Paulo inaugurou, nesta segunda-feira, 13, o Aquático SP, transporte hidroviário que liga o Terminal Parque Mar Paulista Bruno Covas, em Pedreira, até o Terminal Cantinho do Céu, ambos na zona sul da capital. O percurso pela Represa Billings tem duração de 27 minutos, enquanto por via terrestre pode levar de 40 minutos a 1 hora e 20 minutos.
- Até o final deste ano, o sistema estará em operação assistida, sem cobrar passagem. A partir do ano que vem, será cobrado R$ 4,40 - a mesma tarifa dos ônibus urbanos - e haverá integração com o Bilhete Único.
- Nesta semana, as embarcações saem das 10 horas às 16 horas incluindo finais de semanas. A partir da próxima semana, o horário será ampliado até as 17 horas.
"A ideia é que a gente vá aumentando a quantidade de barcos e o horário de atendimento", afirma o prefeito Ricardo Nunes.
"Pelo o que estou percebendo a demanda é grande, vai ajudar bastante as pessoas. A gente vai ampliando com os estudos, com a verificação se o terminal está adequado. A gente sabe que na prática sempre é necessário fazer algumas adequações", acrescentou.
Neste primeiro momento, são duas embarcações coletivas em funcionamento - uma tem capacidade para 60 passageiros sentados, que levou 17 minutos no trajeto, e a outra, para 30 pessoas, cujo trajeto durou 12 minutos.
Nunes afirmou que, devido à maior agilidade da embarcação menor, irá estudar a possibilidade de que a maior parte das futuras embarcações sejam para 30 passageiros. "Agora estou repensando se não é melhor termos mais barcos de 30 do que barcos de 60 passageiros", disse.
A expectativa é de que o novo modal atenda 385 mil pessoas que vivem nos bairros do Grajaú, Cocaia e Pedreira. A partir do Terminal Parque Mar Paulista haverá ônibus elétricos para levar os passageiros ao Terminal Santo Amaro, um dos gargalos de trânsito.
O sistema será operado pela Prefeitura, por meio da SPTrans, depois que a TransWolff, empresa de ônibus que seria responsável pelo novo transporte, se tornou alvo de uma investigação do MP-SP, que apura ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Questionamentos de ordem ambiental também afetou a operação do modal.
Nunes afirmou, porém, que a intenção da prefeitura não é continuar com a operação do sistema hidroviário e que abrirá licitação em breve.