São Paulo terá 87 novos ônibus elétricos
Investimento de R$ 94,8 mi aprovado pelo BNDES na semana passada deve ajudar a estimular ainda mais a eletrificação do transporte público
A prefeitura segue atrás de atingir sua meta de colocar 2.600 novos ônibus elétricos nas ruas de São Paulo - até agora, foram apenas 207. Outras 1.300 novas unidades foram solicitadas nos últimos dias
Na semana passada o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um novo financiamento de R$ 94,8 milhões para a compra de 87 novos ônibus elétricos - que serão incorporados ao sistema de transporte coletivo de São Paulo (SP).
A operação será feita pela MobiBrasil. Do valor total, de acordo com o BNDES, R$ 49,8 mi vêm do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - os outros R$ 45 milhões serão aportados pelo Fundo Clima. Essa é a primeira vez que uma operação de financiamento é feita pelo BNDES com recursos do FGTS.
Segundo Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES, essa modalidade de financiamento é resultado de uma parceria com a Caixa e tem como objetivo promover melhorias na mobilidade das cidades brasileiras que estiverem aliadas à redução de emissões de gases poluentes.
Esse financiamento faz parte do programa BNDES Pró-Transporte Refrota, que foi criado para viabilizar investimentos na renovação do transporte público urbano, agora com foco na sustentabilidade.
Vale lembrar que no mês passado o BNDES fechou um contrato com a Prefeitura de São Paulo para poder promover a compra de 1.300 novos ônibus elétricos fabricados no Brasil - em um acordo de R$ 2,5 bilhões.
Só esses novos ônibus poderão evitar a emissão de 2,7 milhões de toneladas de CO² durante os estimados 15 anos de vida útil dos veículos. Mesmo assim, a meta da capital paulista de adicionar 2.600 ônibus elétricos à frota até 2024 está longe de ser batida. Até setembro, só 207 ônibus zero emissão estavam em circulação.