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  SEMANA DE MODA DE PARIS
Yamamoto volta à cena com a grife secundária Y's

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O estilista japonês Yohji Yamamoto provou que dois conceitos cabem, sim, num saco só, ao colocar na passarela sua grife secundária, Y's, três meses depois de declarar que ia se afastar do burburinho e da agitação dos desfiles semestrais de moda em Paris.

Yamamoto já tinha feito uma prévia de sua coleção principal de prêt-à-porter para a primavera/verão 2003 em julho, na esteira dos desfiles exclusivos das coleções de alta costura na capital francesa, mas voltou à cena nesta quarta-feira com a grife mais jovem e utilitária Y's.

O mestre do minimalismo foi um entre vários estilistas que expuseram suas criações na véspera do início oficial da Semana da Moda de Paris, que caiu vítima de seu próprio sucesso, já que terá nada menos do que 95 desfiles oficiais em nove dias.

Os convidados se reuniram no porão do Museu do Cinema, onde as modelos desfilavam a seu lado, à vontade em casacos pretos oversized e macacões folgados usados com camisetas assimétricas sem manga, de lãzinha, numa versão vanguardista de um uniforme de trabalhador.

Macacões de jeans pesado tinham mangas que caíam dos ombros para serem amarradas na cintura. As cores eram cáqui, azul marinho e nogueira, com um ou outro toque de turquesa ou verde-limão. "Quando você oculta uma coisa, ela fica misteriosa e faz você mergulhar em sua imaginação", disse o estilista à Reuters, com um sorriso maroto e ostentando na cabeça um chapéu de feltro vermelho. "Se for óbvio demais, será feio."

Modelos acostumadas a desnudar seus corpos diante das câmeras desta vez os mostraram recobertos de camadas de seda cáqui ou feltro manchado que dava a impressão de ter passado a noite jogado num chão de cimento.

Se as linhas de difusão têm por objetivo encarnar o lado mais comercial do trabalho de um estilista, ficou difícil entender o que Yamamoto busca com essa espécie de chic sem-teto.

Além do estilo menino de rua, porém, havia muita coisa romântica e graciosa em sua coleção. Blazers esbeltos fizeram par com calças cigarette para criar um visual diurno jovem e elegante. Amplas saias de popelina de algodão em tons discretos de cinza, verde oliva e azul escuro eram amarradas na cintura com faixas largas de tecido, formando laços esculturais.

"Em termos espirituais e conceituais, não existe diferença entre elas", disse Yamamoto, falando de suas duas grifes de prêt-à-porter. "Uma é para ocasiões especiais, mas esta é para o dia-a-dia." Os compradores, que adoraram a coleção, manifestaram a mesma opinião.

"Fiquei surpresa. É uma coleção realmente completa e muito próxima do espírito de Yohji, mas, ao mesmo tempo, mais jovem, diferente, mais esportiva", disse Carla Sozzani, presidente do empório de moda milanês 10 Corso Como.

Yamamoto, que confidenciou recentemente ter pensado em aposentar-se no ano passado, parece ter encontrado uma nova fonte de energia que está canalizando num esforço para conquistar o lucrativo mercado jovem. Na semana que vem ele vai exibir uma nova coleção de moda esportiva, desenhada em conjunto com a Adidas, que vai apresentar suas criações ao público de massa.

 
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