Feminina, leve e otimista é a moda prêt-à-porter para a primavera-verão 2003, apresentada nas passarelas parisienses dos dias 2 a 11 de outubro e saudada pelos profissionais como uma excelente temporada. "Não paramos de ver coleções excelentes", elogiou o consultor de moda Jean-Jacques Picart. Carine Roitfeld, chefe de redação da Vogue France, citou uma o brilho da magia de Paris. O especialista americano Kal Ruttenstein estimou: "Esta foi uma das temporadas mais interessantes que vi em 30 anos de moda"Os desfiles parisienses seduziram com a diversidade de propostas dos criadores, o retorno da feminilidade em cores suaves ou brilhantes, e uma certa idéia de luxo e elegância, presente inclusive nas roupas esportivas. As coleções de Alexander McQueen, John Galliano, Jean-Paul Gaultier e Viktor e Rolf foram algumas das demonstrações de beleza e talento.
No que diz respeito às tendências, a minissaia impera, mas também são admitidas outras opções - como os vestidos longos de Issey Miyake por Naoki Takizawa - enquanto as calças tornam-se esportivas ou superlargas, como as de Chanel e Yamamoto.
Sopram ventos de liberdade e a mulher pode escolher entre as diversas criações dos estilistas. A feminilidade luxuosa é exibida pelas maisons Lanvin, Yves Saint Laurent e Valentino, mas em cada uma delas de modo diferente. Lagerfeld Gallery e Emanuel Ungaro imaginam uma mulher sensual, que se afirma ainda mais nas maisons Christian Dior e Chanel.
A inspiração da lençaria permitiu que Martin Margiela mostrasse todo o seu talento, mas também é evidente em Chloé, Stella McCartney e Guy Laroche. A cor ressalta o otimismo da temporada, com uma paleta que vai dos tons pastel aos brilhantes, ou os tons caramelho da bela coleção de Louis Vuitton.
As passarelas parisienses mostraram que o mundo da moda busca inspiração nas ruas, tanto quanto as ruas buscam inspiração nos estilistas.