Glória Coelho investe em estilo utilitário para coleção da G 
A estilista Glória Coelho, da G, abriu os desfiles desta terça-feira no prédio da Bienal, no parque Ibirapuera, com uma coleção futurista e utilitária que mistura a leveza das amazonas com o mundo das motoqueiras. "Trabalhei a idéia da sobrevivência. Você tem que ter bolsos para guardar as coisas", explicou a estilista. » Veja as fotos do desfile de Glória Coelho
» Assista ao vídeo do desfile Em praticamente toda a coleção aparecem bolsos, fitas e fivelas ou reconstruções, idéia que Glória diz ter "roubado" de seu filho, Pedro Lourenço, de 12 anos, que na segunda-feira assinou o desfile da Carlota Joakina. "Copiei a técnica que Pedro usou. Ele pegou uma camiseta a aplicou uma coisa em cima da outra", disse Glória, que ainda brincou: "Estilista é tudo ladrão". A silhueta da mulher foi realçada com calças estilo montaria, bastante justas e de cintura alta, que lembravam as usadas pelas fãs de equitação. Os vestidos, macacões, saias e shorts apareceram na maior parte das vezes bastante curtos e justos. Entre os grafismos, havia listras em diversas peças, que remetiam à alta velocidade obtida pelas motos. O preto e o cinza predominaram, mas o marinho, o verde pedra, o bege e o roxo, apareceram algumas vezes. Vestidos de feltro, ora com detalhes em plástico transparente, ora com cortes assimétricos fazendo desenhos por cima dos vestido, foram um dos pontos fortes do desfile. Outra peça que chamou a atenção foi uma calça de lycra, com fitas e fivelas de cima a baixo. No pé, botas de couro, de salto e cano baixos. Uma das únicas peças apresentadas pela estilista com um modelo um pouco mais largo, solto e colorido foi um vestido feito com pedaços de barraca de camping, feito de seda com nylon. "Ela é uma estilista conceitual, que sempre gostou dessa coisa de modernidade e futuro" disse a empresária e consultora de moda Costanza Pascolato.
Reuters
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