O relaxed "falso displicente" continua em alta. Chinos (tecidos de algodão normalmente na gama dos caquis) com pólo, calças confortáveis sem as tradicionais pregas (estão ultrapassadas), bermudas longas com bolsões cargo para os rapazes. Tudo com cara de vintage, ou seja, bem usado, lavado, detonado.Para quem gosta de gente bonita, corpos trabalhados e pouca roupa, este é um prato cheio. Tão pouca roupa que mais parece Brasil do que Estados Unidos. Trata-se da marca americana Abercrombie&Fitch. O tão aguardado catálogo da marca já pode ser visto pela internet: www.abercrombie.com .
Criada em 1892 em Nova Iorque, chegou a ser a maior loja de artigos esportivos do mundo na Madson Avenue em 1917. Em 1988, comprada pela The Limited Inc, entra no rol das marcas "in" da moçada esportista e diletante de plantão. Ela se auto define como casual classic American life style.
Na vitrine a roupa é exposta amarrotada em sobreposições nada comportadas. Chega de cara de engomado. Por baixo das calças, caleçons estampados (o velho conhecido samba canção), ou prá quem prefere, cuecas boxer em algodão ou modal bem justinhas.
Camisas em algodão xadrez, bem coloridas, mais curtas e para fora da calça: imaginem o turquesa, coral ou jade contrastando com os caquis das calças. As estampas sugerem um clima super tropical: ibiscos - florais bicolores bem grandes, ou liberty - florais miúdos. Cintos em cadarço coloridos com couro natural rústico.
E para finalizar, mocassim sem meia. Com aquele pé bronzeado, quem precisa delas? Este estilo é infalível. Ralph Lauren que o diga, afinal, com suas campanhas apostando na imagem do jovem aristocrático esportista americano, tem faturado milhões sem mudar uma vírgula da campanha há anos. Náutica segue a mesma fórmula e Tommy Hilfiger embora tenha ensaiado um caminho diferente, se rendeu ao consagrado american way of life.
Maria Helena Lodi