De um lado o clássico sem ser tradicional. A camisa branca está de volta em todas as ocasiões, não apenas no trabalho e embaixo de ternos. Tecidos mais escuros também estão em alta, desde que tenha um toque mais leve e mole de tecidos como a viscose e o tencel. O stretch também marca território e dá mais conforto e agilidade aos movimentos.Dior mostrou na passarela um homem com silhueta slim, até mais andrógino. Já Miuccia Prada, da marca italiana que leva seu sobrenome, diz que a elegância é uma questão de cultura e apresenta roupas básicas, descomplicadas e com detalhes de refinamento, sem grandes mudanças, que certamente seriam difíceis de serem absorvidas.
O estilista Helmut Lang deixa Nova York e passa a apresentar sua coleção em Paris. Sua coleção é clássica, com ternos pretos e camisas brancas: prova definitiva que o simples com qualidade é a opção mais eficaz. Calvin Klein além do preto, branco e cinza, trabalha todos os tons de cáqui, e até mesmo o streetwear de Louis Vuitton segue essa linha, com formas simples e cores um pouco mais fortes.
Por outro lado, o casual ou street, com seus tecidos cáquis e cinzas desgastados, lavados, num vintage atualizado, favorecem um pouco mais o uso de detalhes e novidades em modelagem. Os acabamentos são rústicos e selvagens, com lavagens muito agressivas e estampas que acompanham a tendência. Camisetas grandes e largas já eram, a vez agora são das camisas mais curtas e mais modeladas ao corpo.
Calças que se transformam, peças utilitárias e reversíveis, modelagens extra large têm uma leitura muito moderna e diferente. A cor entra como componente fundamental em combinações muitas vezes incoerentes. O uso dos detalhes dos uniformes industriais e até militares com seus metais foscos continuam fazendo parte deste guarda-roupa. Black jeans, canvas, nylons rústicos e sarjas com efeitos rústicos são os tecidos utilizados nessas peças.