A onda de mulheres no clubinho deles não pára de crescer. Depois de 83 anos admitindo apenas homens, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais ganhou sua primeira turma de mulheres - isso há 10 anos.O choque foi grande para os bombeiros que já estavam lá, mas a sargento Walquíria Coelho, 28 anos, deu um banho e provou que pode fazer o trabalho com tranqüilidade e qualidade. "Passei em todas as provas do concurso público, assim como os homens. O teste de resistência física, onde as mulheres ficam atrás, foi vencido com cumplicidade e a sensibilidade das mulheres", conta, orgulhosa.
Dos cerca de quatro mil bombeiros do Estado, apenas 5% são mulheres, mas isso ainda pode mudar. "O processo dá condições para homens e mulheres. No começo é difícil porque desconfiam que a mulher não vai agüentar o trabalho pesado e que pode colocar em risco o nome da Corporação. Depois, com o tempo, tudo melhora e passam a te ajudar", diz.