Toda e qualquer reposição hormonal somente pode ser feita após exames que afastem a possibilidade da mulher estar com câncer de mama e útero. "A mamografia e ecografia do útero são absolutamente necessárias para prescrição da reposição hormonoal", afirmou o ginecologista obstetra do Hospital Santa Lúcia de Brasília, Alberto Laconeta, em entrevista à Radiobrás. Ele explicou que, caso a mulher faça reposição hormonal e tenha um princípio, que seja, de câncer, o tumor progredirá rapidamente, com riscos reais de irreversibilidade. Afastada a possibilidade de câncer, a reposição hormonal é recomendada quando os ovários não estão mais produzindo-os suficientemente.
A queda de produção hormonal ovariana antecede a menopausa, que como explicou Lacoreta, é quando ocorre a última menstruação.
"O período que precede e o que prossegue à menopausa é o climatério, quando a maioria das mulheres sofre com sintomas físicos e psicológicos", afirmou.
De acordo com ele, diante o fato de que a expectativa de vida vem aumentando nos últimos anos, e que os ovários normalmente param de produzir hormônios em torno dos 48 anos de vida da mulher, é cada vez mais freqüente a reposição hormonal.
Além dos sintomas físicos decorrentes da baixa produção hormonal, como insônia, ressecamento da pele, calor excessivo e maior risco de infartos a mulher com deficiência de hormônios sofre com depressão, desânimo e tristeza. "A mulher que necessita de reposição hormonal e não a faz terá uma queda na qualidade de vida" alertou.
E ainda aconselhou: "A reposição hormonal, quando necessária e sem possibilidade de riscos é importante, mas não é tudo. Para uma vida saudável é preciso também disposição para o lazer, para a profissão, o lar, os esportes, o prazer de viver".