Magia, mistério, beleza e sensualidade. Esses são alguns dos ingredientes que fascinam as mulheres e as levam a praticar a dança do ventre, uma arte milenar que está se tornando a onda do momento depois que a novela O Clone, da Rede Globo, começou a mostrar cenas do Marrocos e festas animadas pela dança. Para alguns, a dança desenvolve a auto-estima e melhora o prazer.As escolas e academias de Belo Horizonte (MG), por exemplo, nunca receberam tantos telefonemas de mulheres procurando saber um pouco mais sobre as aulas. "Muitas dizem que sempre tiveram vontade de fazer, mas que depois da novela tomaram coragem e decidiram", conta a professora Amany Ab-Haila. Envolvida com a dança do ventre há seis anos, Amany diz que é clara a diferença das mulheres, sejam jovens ou já mais maduras, meses depois de pra ticarem a dança. "Elas começam a se ver diferente, se descobrem, ficam mais seguras e fazem as coisas lá fora com mais prazer", afirma Amany.
Para as mais jovens, saindo da adolescência, a dança do ventre tem se mostrado uma verdadeira descoberta para o desenvolvimento da auto-estima e da desenvoltura. Letícia Drumond, 15 anos, faz aulas há quase um ano e garante que, para ela, as mudanças são mais psicológicas do que corporais. "A dança do ventre está ajudando a despertar a minha auto-estima. Faz me sentir mais bonita, mais feminina", afirma Letícia, que é descendente de libaneses e sempre teve o gosto pela dança, desde criança.
Para a estudante Paula Beatriz Barbosa Campos, 16 anos, a tranqüilidade para o corpo e a mente é o maior benefício da dança do ventre. "É uma sensação de relaxamento muito grande. Até mesmo minhas cólicas menstruais diminuíram, porque trabalha muito a região do abdômen", conta Paula. Renata Benedetto, 23 anos, estudante de Educação Artística, também se fascina pela história da dança do ventre e a cultura árabe. Além disso, diz que a prática da dança a faz se sentir muito bem com seu corpo.
Quem pratica a dança do ventre garante que ela trabalha a sensualidade da mulher, mas sem apelações. "É uma dança exótica, tanto pela roupa que se usa, a maquiagem, os movimentos. É uma sensualidade que desperta o charme da mulher. Não é sexualidade, nem erotismo", alerta Amany Ab-Haila.
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