As autoridades regionais de Madhya Pradesh (Centro da Índia) suspenderam por dois anos toda a ajuda destinada ao povoado de Tamoli, onde uma multidão assistiu no início deste mês ao sacrifício de uma mulher na pira funerária de seu marido, sem nada fazer para evitar o sacrifício, anunciou esta segunda-feira um dirigente local.Kattu Bai, de 65 anos, em um suicídio voluntário ou forçado, morreu queimada viva segundo o cstume hindu de Sati, que obrigava antigamente as viúvas a sacrificar-se após a morte de seus maridos o que hoje está estritamente proibido no país. A polícia local deteve 17 pessoas em relação com esse assunto. Dois dos detidos são os filhos da mulher, que não tentaram impedir o ritual.
As autoridades regionais impuseram ainda sanções econômicas e administrativas ao conjunto do povoado. "O castigo será uma mensagem à sociedade em seu conjunto", declarou um assistente do chefe do governo regional, Digvijay Singh.
Além de suspender as subvenções econômicas por dois anos, o governo de Madhya Pradesh seguiu as recomendações de uma associação nacional de mulheres, a National Women's Comission, e suspendeu todos os funcionários do povoado por negligência.