Mallan Ado Barand, de 54 anos, condenado à morte por apedrejamento por estuprar uma menina de nove anos, será executado em breve e se nega a recorrer da sentença, disse hoje, terça-feira, um porta-voz do Governo do Estado de Jigawa, ao norte do país. Barand foi condenado por um tribunal islâmico após admitir o crime, que a lei islâmica ("sharia") pune com a morte por apedrejamento.A fonte, que não revela a data e o local da execução, disse que o governador do Estado, Ibrahim Turaki, não irá intervir contra a decisão tomada pela corte islâmica, apesar de as autoridades nigerianas considerarem inconstitucional a aplicação da "sharia".
Na última semana, o tribunal islâmico de apelação do Estado de Katsina, no norte, confirmou a condenação à morte por apedrejamento de Amina Lawal, uma divorciada de 30 anos acusada de adultério. Caso seja cumprida a sentença contra Barand, este será o primeiro caso de execução por apedrejamento desde que a lei islâmica foi introduzida em vários estados muçulmanos do norte da Nigéria, a partir de 1999.