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Sofrimento
Sexta, 02 de julho de 2004, 10h15

Maternidade encarcerada
» Introdução
» Sofrimento das mães
» Dor e saudade nas celas
» Abandono
A permanência dos bebês na penitenciária só dura o tempo do aleitamento. "Muitas não querem amamentar, alegando que o peito vai ficar caído, aquela velha história de leite fraco. Isso não existe. Fazemos até ameaça: se não der peito, a criança não fica", conta Silvana. O pequeno Mateus foi uma exceção. Hoje com um ano e sete meses, ele conseguiu burlar as regras da justiça e ficar mais tempo junto à mãe. "Ele ficou até um ano e dois meses porque mamava só no peito. Não comia mais nada", conta a interna Solange de Araújo, que agora só vê o filho duas vezes por mês. "Chorei 15 dias seguidos quando ele teve que ir embora. Ainda sofro muito atrás das grades. Queria estar lá fora cuidando, botando ele para dormir, dando comida, carinho".

Solange, 27 anos, conta que foi a dor de ver a filha violentada que a levou para a cadeia. "Um amigo que convivia na minha casa abusou de minha filha. Quando vi a vagina dela toda vermelha, fiquei louca. Peguei uma faca e fui conversar com ele. Minha intenção não era matar, mas acabei dando uma furada fatal", relembra. Por ter feito justiça com as próprias mãos, ela paga um preço alto. Há dois anos, desde que foi transferida para a penitenciária, não vê os três filhos que continuam morando em Euclides da Cunha. "Não tenho notícia deles. Não consigo nem dormir direito de tanta angústia. Nunca imaginei passar por isso", narra.

O peso de ter cometido um crime hediondo foi amenizado com uma nova gestação. Depois de cumprir dois anos da pena no interior, ela chegou à penitenciária grávida de seis meses. "Foram momentos difíceis, mas meu sofrimento foi atenuado com o nascimento de Mateus. Ele é a alegria da minha vida". Agora, o vazio é maior com a saudade que sente do filho, que vive a poucos metros da penitenciária, na creche Nova Semente. "Sinto falta de dormir com ele toda noite, dele engatinhando dentro da cela. Me sinto muito sozinha". Atualmente namorando com um pedreiro que a conheceu enquanto fazia um serviço na unidade, a detenta faz planos para reconstruir a vida. "Vou sair daqui direto para pegar Matheus na creche e ir para a casa de meu marido. Depois, vou visitar os outros no interior. Quero que vivam comigo quando eu tiver condições", planeja.

Correio da Bahia

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