Todo mundo sabe que São Paulo é a terra dos negócios, do dinheiro, do trabalho. E todo mundo sabe também que onde há negócios, dinheiro e trabalho, há sexo, muito sexo. Não é o sexo das cidades turísticas, onde as pessoas estão de férias, expostas alegremente ao sol, vendo corpos disponíveis. O sexo em São Paulo é como uma válvula de escape, uma maneira de colocar para fora os desgastes do dia-a-dia. É um sexo mais nervoso, mas nem por isso, menos prazeroso. Entender esse sexo metropolitano ficou mais fácil com o lançamento do Guia Sexy São Paulo. Mais do que um simples guia com roteiros de onde encontrar sexo, o delicioso livrinho conta a história da safadeza, dá nome aos bois, fala de personagens mitológicos e, como não poderia faltar em uma publicação para paulistas metódicos, cria listinhas do tipo: Os nove clãs do sexo na cidade e os tipos de moças da noite.
E já que a cidade é democrática, o guia também é. Por isso não deixa de fora as opções para as mulheres que buscam os rapazes, os rapazes que buscam rapazes e finalmente, as moças que buscam moças, sem esquecer os sadomasoquistas e os que dão tudo (no bom e mau sentido) por um sexo grupal.
Para os que não tem a habilidade natural com o sexo, o guia indica uma série de escolas que vão daqueles ensinamentos básicos de danças sensuais ao já clássico pompoarismo. Ou seja, se a natureza não foi amiga, não baixe a cabeça, vá atrás de uma ajudinha externa e aprenda a ter e dar prazer. O guia, inclusive, fala de uma espécie de universidade do prazer que existia no começo do século 20, destinada a "boas moças, candidatas a trabalhar na noite paulistana". Se até elas precisavam, imagine nós, meras mortais.
Enfim, esse livrinho é quase uma "obra clássica", feito sob medida para uma cidade que foi a primeira no Brasil a ter uma sexóloga sentada no banco da prefeitura.
O Guia Sexy São Paulo custa R$24,90 e posso ser adquirido nas bancas de jornais