De repente aquele seu velho marido, que você se acostumou a ver cansado, desanimado, com a moral literalmente baixa, começa a mostrar uma empolgação anormal. O que você pensa? Alternativa a: Esse danado me enganou o tempo todo e sempre esteve disposto;
Alternativa b: Eu estou voltando a ser maior gostosa;
Alternativa c: Bingo! O poder de garanhão voltou porque ele está tomando a milagrosa pílula azul, o famoso Viagra.
Esse assunto foi tema de uma inusitada mesa-redonda que reuniu a atriz Christiane Torloni, o cartunista Miguel Paiva, a coordenadora do Projeto Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP), dra. Carmita Abdo, o urologista Sidney Glina e o professor da Escola de Medicina de Harvard (EUA) e autor do livro O Mito Viagra: O Surpreendente Impacto no Amor e nos Relacionamentos, Abraham Morgentaler.
E o que os cinco ficaram falando durante a conversa? De sexo, é claro. Esse, aliás, deve ser o assunto mais falado no mundo. Não sei se as pessoas andam fazendo, mas não tenho dúvidas de que falar sobre sexo é um dos "esportes" com o maior número de praticantes no Universo.
Especificamente, eles falaram sobre a felicidade, ou às vezes infelicidade, de algumas mulheres quando descobrem que o maridão usou a pílula azul. Todos foram unânimes: tem que usar. Afinal, todo homem merece ver sua bandeira hasteada, independente da cor, idade, peso e preferência sexual. Porque, segundo Miguel Paiva, o criador de dois ícones sexuais, o Gatão e a Radical Chic, "sexo é para todo mundo fazer todo dia". É claro que, provavelmente, nem todos terão a energia de Paiva, muito menos o mulherão que o espera em casa - a atriz Angela Vieira.
O fato é: desde que a pílula apareceu por aí, muitos homens voltaram a cantar no banheiro, como ilustrava aquela hilária propaganda do remédio, onde o maridão cantarolava no banheiro, enquanto, do outro lado, a mulher suspirava com um risinho de alegria e safadeza.
Há pessoas que ainda falam sobre os perigos da ingestão da pílula: mas se for para morrer - parafraseando um conhecido político paulista - pelo menos que a morte venha depois do prazer.