No sexo, alguns detalhes podem tornar a noite inesquecível, mas podem também colocar tudo a perder. Um desses baldes de água fria é um parceiro tão silencioso, mas tão silencioso, que às vezes você tem que dar umas beliscadas, ou uns delicados chutes, no rapaz para ver se ele está acordado, se não caiu em um sono profundo. São os mudinhos da cama. É claro que ninguém precisa ser um tagarela, daqueles que ficam falando, gritando, esbravejando, te chamando de sem-vergonha, vagabunda, o tempo todo. No sexo, como na vida, o equilíbrio é um bem raro e precioso.
Uma boa dose de palavras bem ditas, sussurradas na medida certa, esquentam sua noite, dia ou tarde de sexo.
Mas se não tem jeito, o rapaz não abre a boca, você pode tentar usar alguns artifícios. Primeiro, tentar você mesma falar muito. Às vezes, de tanto você tagarelar, ele pode acabar falando algo, nem que seja "cala a boca". Daí você pode tentar iniciar um diálogo a partir dessas três palavrinhas.
Você pode também avançar para a linguagem dos sinais, talvez vendo você gesticular ele abra a boca para perguntar o que você está querendo dizer. Você aproveita o gancho e engata algum tipo de diálogo.
É óbvio que não estou pregando aqui que o casal, ao invés de se entregar aos prazeres carnais, fique papeando. Longe disso! Quem quer papear que vá a um boteco com os amigos. A proposta aqui é não deixar seu sexo virar sinônimo de hospital, onde tudo o que se ouve são alguns "psius", aqui e acolá.
Livre-se desse mal, apelando ao menos para uma musiquinha. Se você passou dos trinta, engate uma música francesa, bem brega e sexy; se for mais nova, encare um rap, cheio de ousadia. Mas se nada disso servir de estímulo, pense que você está entregando-se em um mosteiro, meditando. Pode ser até divertido.