É possível sentir prazer quando a gente está há dois, três, 10 anos com o mesmo parceiro? Ou a rotina é fatal à vida sexual? Será que aquela história de que o sexo acaba depois do casamento é mesmo verdadeira? Ou não passa de lenda de pessoas mal-resolvidas?Perguntas como essas fazem parte da vida de muitos casais que já saíram da fase da paixão avassaladora do início do namoro e agora estão no período mais ameno e rotineiro. Mas será que a rotina é mesmo esse bicho de sete cabeças que as pessoas tanto temem? Ou, no fundo, não é bem assim?
A resposta é: depende. A rotina pode, sim, ser fatal à vida sexual. Mas não necessariamente. Há uma série de vantagens e prazeres no sexo rotineiro. Um dos pontos positivos: com o passar do tempo, a cumplicidade e o entrosamento entre o casal tende a aumentar. E isso faz bem ao sexo. Na cama, quanto mais à vontade você está em relação ao outro, melhor. O sexo flui com espontaneidade e sem as grandes ansiedades que costumam acompanhar (e atrapalhar) os casais no início do relacionamento.
O lado ruim do sexo rotineiro é a acomodação. Muitas vezes, a gente pára de buscar novas formas de dar e de sentir prazer. Ou simplesmente se esquece de namorar. Isso mesmo! A relação sexual costuma perder qualidade quando o casal pára de agir como nos tempos do começo do namoro: se esquece do quanto é gostoso beijar na boca, ou jantar a dois, ou planejar uma noite de sexo... Enfim, se esquece do quanto é bom namorar – e terminar a noite numa envolvente e apaixonada relação sexual.
Talvez esses ingredientes é que faltem ao sexo rotineiro. Mas é fácil incluí-los no nosso dia-a-dia. Basta querer. Basta se dedicar. Basta resgatar os comportamentos eróticos do início do relacionamento de vocês dois. Se somarmos a isso a alta dose de cumplicidade e entrosamento, adquirida ao longo dos anos juntos, o sexo (e a vida a dois) só tem a ganhar. Experimente!