Sabe quando vem da criança aquela perguntinha difiiiiiiiiiiicil de responder? Ou até mesmo do adolescente, num momento em que você é pega de surpresa? Assim, sem mais nem menos, vem a pergunta. Sobre sexo. Ai, que saia-justa!Fazer o quê, heim? Sair pela tangente, mostrar a borboleta voando na janela, simular um ataque de tosse. Ou dizer: onde foi que você aprendeu isso, menino(a)?
Nem isso, nem aquilo. Melhor mesmo é abrir o jogo. Claro que, dependendo da idade, você não tem que dar uma aula completa sobre reprodução humana e práticas sexuais. Claro também que você precisa usar o bom-senso. E nada de inventar histórias mirabolantes.
Criança precisa de explicação clara, didática e objetiva. Desde pequena. Desde sempre. Mas você não precisa falar demais. Nem de menos: é só responder o que ela perguntou, de preferência na linguagem em que você habitualmente conversa com ela.
Adolescente é outro papo. Precisa ser beeeeeeeem esclarecido. Sobre gravidez e como evitá-la, sobre sexo seguro e DST (doenças sexualmente transmissíveis) e, também, sobre as práticas sexuais – e seu lado positivo. Não se trata de estimular ou desestimular ninguém a fazer ou deixar de fazer sexo. O importante é orientar o jovem para viver a sexualidade (quando ele se sentir preparado emocionalmente para isso) de maneira madura e responsável.
Se é difícil falar sobre essas coisas com os filhos ou sobrinhos? Claro que é. Mas é necessário. E a gente precisa estar aberta – e informada – para conversar e explicar muito bem o assunto.