A Anistia Internacional disse na segunda-feira que a execução do terrorista de Oklahoma, Timothy McVeigh, foi um triunfo da vingança sobre a Justiça. O grupo de direitos humanos, com sede em Londres, disse imediatamente após a execução de McVeigh por injeção letal em Terre Haute, Indiana (EUA), lamentar profundamente o que chamou de fracasso da liderança dos direitos humanos nos níveis mais altos do governo dos Estados Unidos. "Ao executar o primeiro preso federal condenado à morte em quase quatro décadas, os EUA permitiram que a vingança triunfasse sobre a Justiça e se distanciaram ainda mais das aspirações da comunidade internacional", disse um comunicado da Anistia. A entidade afirmou que muitas das 152 execuções estaduais ocorridas durante o governo do presidente dos EUA, George W.Bush, no Texas, eram uma ruptura com padrões internacionais.
"Ao se recusar a impor uma moratória nas execuções federais, ele prejudicou ainda mais a reputação de seu país", disse o comunicado da Anistia. Segundo a organização, o caso de McVeigh, que matou 168 pessoas em um atentado a um prédio do governo na cidade de Oklahoma em 1995, deu aos EUA a oportunidade de anunciar que não iria mais apoiar a política "que permite o assassino a estabelecer o tom moral da sociedade imitando o que ele busca condenar".
"Em vez disso, o governo dos EUA colocou sua marca oficial de aprovação nessa política; matar, diz, é uma resposta apropriada para matar." A Anistia acrescentou: "A comunidade internacional precisa redobrar seus esforços para persuadir o governo dos EUA a impor moratória nas execuções ferais como um primeiro passo conduzindo seu país à abolição."
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