Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

10 livros para ajudar a criar crianças antirracistas

A literatura é sempre uma ótima maneira de estimular conversas e apresentar diferentes temas às crianças

18 nov 2022 - 07h01
(atualizado às 11h00)
Compartilhar
Exibir comentários

Que delícia é ler com as crianças. E não se engane! Mesmo as crianças menores, que parecem não entender nada, absorvem muito nesses momentos de leitura - não só do livro e da história em si, mas do carinho, do aconchego, do prazer, da construção de memória afetiva. Os livros infantis são maneiras eficientes de conversar sobre tudo e sobre todos com os pequenos. 

Ler para uma criança é uma forma ensinar sobre o mundo e de ajudá-la a compreendê-lo melhor
Ler para uma criança é uma forma ensinar sobre o mundo e de ajudá-la a compreendê-lo melhor
Foto: BabyHome

É por meio da arte e da representação que criamos ideais e compreendemos o mundo - e isso é ainda mais importante na infância, quando as crianças estão aprendendo como se comporta o mundo ao seu redor. Escolher livros com personagens negros, por exemplo, é fundamental para que crianças também negras se identifiquem e se sintam representadas e para que crianças brancas entendam a igualdade, os privilégios, o respeito e o papel delas na construção de um mundo menos cruel.

Pensando nisso, pedimos para Aline Maxiline, que é mãe, professora, feminista e poeta, autora do perfil @pretadeversos, nos ajudar a fazer uma seleção de livros para crianças, na Semana da Consciência Negra. Confira a lista:

1. Amoras, Emicida, ilustração de Aldo Fabrini. Companhia das Letras

Amoras, Emicida, ilustração de Aldo Fabrini. Companhia das Letras.
Amoras, Emicida, ilustração de Aldo Fabrini. Companhia das Letras.
Foto: BabyHome

Na música Amoras, Emicida canta: "Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também". A partir desse rap, o artista cria seu primeiro livro infantil e mostra a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulhar de quem somos - desde criança e para sempre.

2.O pequeno príncipe preto, Rodrigo França, Nova Fronteira

O pequeno príncipe preto, Rodrigo França, Nova Fronteira
O pequeno príncipe preto, Rodrigo França, Nova Fronteira
Foto: BabyHome

Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto. Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.

3. Sinto o que sinto: e a incrível história de Asta e Jaser, Lázaro Ramos, ilustrações de Ana Maria Sena

Sinto o que sinto: e a incrível história de Asta e Jaser, Lázaro Ramos, ilustrações de Ana Maria Sena
Sinto o que sinto: e a incrível história de Asta e Jaser, Lázaro Ramos, ilustrações de Ana Maria Sena
Foto: BabyHome

Este livro tem como protagonista o personagem Dan, já conhecido entre os fãs do Mundo Bita, e discute temas importantes para crianças e adultos - sentimentos, ancestralidade, pertencimento, diversidade cultural, aceitação e respeito às diferenças. O livro conta com dois enredos numa mesma narrativa. Nele, podemos acompanhar Dan em um dia comum em que passa por diferentes momentos que trazem à tona sentimentos distintos e, ao fim, amarra o orgulho sentido por Dan à percepção de ancestralidade e pertencimento trazidas pela história de seus antepassados, Asta e Jaser. "Sempre quis escrever um livro para crianças sobre sentimentos. Na verdade, o desejo de falar sobre sentimentos já estava em mim e acabei colocando esse desejo à disposição do personagem Dan"

4. De passinho em passinho, um livro para dançar e sonhar, Otávio Júnior, ilustrado por Bruna Lubambo, Companhia das Letrinhas

https://www.amazon.com.br/gp/product/8595540586?ie=UTF8&tag=babyhomebr-20&camp=1789&linkCode=xm2&creativeASIN=8595540586
https://www.amazon.com.br/gp/product/8595540586?ie=UTF8&tag=babyhomebr-20&camp=1789&linkCode=xm2&creativeASIN=8595540586
Foto: BabyHome

Nascido no Rio de Janeiro e misturando ritmos do funk, da capoeira, do samba e do frevo, o passinho tem ganhado cada vez mais dançarinos e participantes apaixonados, que levam às pistas, às competições e ao mundo um jeito único de dançar e se expressar. Em seu novo livro, o premiado autor de Da minha janela escreve, com a mesma prosa poética e cativante que lhe é característica ― e que ganha força e cores com as ilustrações de Bruna Lubambo ―, sobre o passinho, seus dançarinos e tudo mais que os rodeia.

5. Sulwe, Lupita Nyong'o, tradução por Rane Souza, Rocco Pequenos Leitores

Sulwe, Lupita Nyong’o, tradução por Rane Souza, Rocco Pequenos Leitores
Sulwe, Lupita Nyong’o, tradução por Rane Souza, Rocco Pequenos Leitores
Foto: BabyHome

SULWE tem a pele da cor da meia-noite. Ela é mais escura que todos de sua família. Ela é mais escura que todos de sua escola. Sulwe só queria ser bonita e cheia de luz como sua mãe e sua irmã. Quando ela menos esperava, uma jornada mágica no céu da noite abriu seus olhos e fez com que tudo mudasse.

6. Histórias da preta, Heloísa Pires Lima, ilustrado por Laurabeatriz, Companhia das Letrinhas

Histórias da preta, Heloísa Pires Lima, ilustrado por Laurabeatriz, Companhia das Letrinhas
Histórias da preta, Heloísa Pires Lima, ilustrado por Laurabeatriz, Companhia das Letrinhas
Foto: BabyHome

As Histórias da Preta falam de um povo que veio para o Brasil à força. Homens, mulheres e crianças escravizadas, distantes de suas terras, foram obrigadas a exercer todo tipo de trabalho. Perderam toda a liberdade, sofreram muito. No entanto, sobreviveram à escravidão e acabaram fazendo do Brasil sua segunda casa. Como é ser negro neste país? Faz diferença ou tanto faz? Reunindo informação histórica, reflexão intelectual, estímulos ao exercício da cidadania e historinhas propriamente ditas (tiradas da mitologia africana, por exemplo), a autora fala sobre a população negra no Brasil, com a experiência de quem já foi alvo de racismo. A obra recebeu os prêmios Adolfo Aizen e José Cabassa pela União Brasileira de Escritores (UBE, 1999), o selo Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil,FNLIJ 1998, categoria informativo. Também foi selecionado para o Brazilian Book Magazine na Feira do Livro de Bolonha (1999).

7. O divertido glossário da Jana, de Lorena Ribeiro, ilustrado por Quézia Silveira

O divertido glossário da Jana, de Lorena Ribeiro, ilustrado por Quézia Silveira
O divertido glossário da Jana, de Lorena Ribeiro, ilustrado por Quézia Silveira
Foto: BabyHome

O Divertido Glossário da Jana narra a história de Janaína, uma menina de 7 anos, banhada em criatividade. Ela descobriu com a prô Gleice, que é possível criar uma lista para dar significado às palavras. Então, pediu ajuda da dinda Cris para criar seu próprio glossário, contando de um jeito muito divertido sobre pessoas e coisas que fazem parte do seu dia a dia. A história é narrada pela própria personagem, numa conversa com o(a) leitor(a), promovendo interação com a obra.

8. "Ei Você!": Um livro sobre crescer com orgulho de ser negro, Dapo Adeola,tradução de Stefano Volp, Companhia das Letrinhas

"Ei Você!”: Um livro sobre crescer com orgulho de ser negro, Dapo Adeola,tradução de Stefano Volp, Companhia das Letrinhas
"Ei Você!”: Um livro sobre crescer com orgulho de ser negro, Dapo Adeola,tradução de Stefano Volp, Companhia das Letrinhas
Foto: BabyHome

A partir de uma prosa delicada e de ilustrações feitas por dezenove artistas diferentes, este livro celebra a vida e o crescimento das crianças negras de todo o mundo, apontando caminhos de esperança para o futuro e empoderando uma nova geração de sonhadores. Com ilustrações de Dapo Adeola, Alyissa Johnson, Sharee Miller, Jade Orlando, Diane Ewen, Reggie Brown, Lhaiza Morena, Onyinye Iwu, Chanté Timothy, Gladys Jose, Bex Glendining, Joelle Avelino, Dunni Mustapha, Nicole Miles, Charlot Kristensen, Kingsley Nebechi, Camilla Sucre, Derick Brooks, Jobe Anderson, Selom Sunu.

9. Meu crespo é de rainha, Bell Hooks, ilustrações de Chris Raschka, Editora Boitatá

Meu crespo é de rainha, Bell Hooks, ilustrações de Chris Raschka, Editora Boitatá
Meu crespo é de rainha, Bell Hooks, ilustrações de Chris Raschka, Editora Boitatá
Foto: BabyHome

Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, esta delicada obra chega ao país pelo selo Boitatá, apresentando às meninas brasileiras diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva, alegre e elogiosa. Um livro para ser lido em voz alta, indicado para crianças a partir de três anos de idade - e também mães, irmãs, tias e avós - se orgulharem de quem são e de seu cabelo 'macio como algodão' e 'gostoso de brincar'. Hoje em dia, é sabido que incontáveis mulheres, incluindo meninas muito novas, sofrem tentando se encaixar em padrões inalcançáveis de beleza, de problemas que podem incluir desde questões de insegurança e baixa autoestima até distúrbios mais sérios, como anorexia, depressão e mesmo tentativas de mutilação ou suicídio. Para as garotas negras, o peso pode ser ainda maior pela falta de representatividade na mídia e na cultura popular e pelo excesso de referências eurocêntricas, de pele clara e cabelos lisos. Nesse sentido, Meu crespo é de rainha é um livro que enaltece a beleza dos fenótipos negros, exaltando penteados e texturas afro, serve de referência à garota que se vê ali representada e admirada.

10. Omo-Oba: histórias de princesas, Kiusam Oliveira, com ilustrações de Josias Marinho, Mazza Edições

Omo-Oba: histórias de princesas, Kiusam Oliveira, com ilustrações de Josias Marinho, Mazza Edições
Omo-Oba: histórias de princesas, Kiusam Oliveira, com ilustrações de Josias Marinho, Mazza Edições
Foto: BabyHome

Omo-Oba: Histórias de Princesas é um livro que privilegia o recontar de mitos africanos, muito divulgados nas comunidades de tradição ketu, pouco conhecidos pelo público em geral e que reforçam os diferentes modos de ser femininos. Os seis mitos apresentados têm o objetivo de fortalecer a personalidade de meninas de todos os tempos.

E mais: 

+ Leitura: como ler livros para o bebê e prender sua atenção

+ Faz mal deixar meu filho ver TV ou celular?

+ Música, um estímulo pra lá de interessante

Quer saber mais? Assine a newsletter de BabyHome e receba toda semana mais dicas sobre como o seu bebê está se desenvolvendo. É rápido e grátis.

Foto: BabyHome
BabyHome
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade