12 mil meninas e mulheres podem sofrer mutilação genital por dia no mundo em 2024
ONU Mulheres divulgou uma declaração sobre o impacto do procedimento na vida dessas pessoas
O dia 6 de fevereiro marca o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina e a ONU Mulheres divulgou uma declaração sobre o impacto do procedimento na vida de mais de 200 milhões de meninas e mulheres ao redor do mundo.
"A voz de cada sobrevivente é um apelo à ação, e cada escolha que fazem para recuperar as suas vidas contribui para o movimento global para acabar com esta prática prejudicial", diz a nota.
A entidade aponta que quase 4,4 milhões de meninas e mulheres estão em risco de serem submetidas à mutilação genital em 2024, ou seja, mais de 12 mil casos por dia.
“A mutilação genital feminina é uma violação dos direitos das mulheres e das meninas, que põe em perigo a sua saúde física e mental e limita o seu potencial para levar uma vida saudável e plena. Aumenta o risco de dores graves, hemorragias e infecções e a probabilidade de outras complicações de saúde mais tarde na vida, incluindo riscos durante o parto, que podem pôr em perigo a vida dos seus recém-nascidos", explica a ONU Mulheres.
A organização tem um plano para erradicação da prática até 2030, junto de um grupo de outras entidades como UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no chamado Programa Conjunto Global para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina.