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5 fatos que você provavelmente não sabia sobre Libras

A Língua Brasileira de Sinais é diferente daquela que o ator Troy Kotsur usou em seu discurso na cerimônia do Oscar

28 mar 2022 - 16h30
(atualizado em 13/4/2022 às 15h14)
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São mais de cem línguas de sinais em todo o mundo
São mais de cem línguas de sinais em todo o mundo
Foto: iStock

As línguas de sinais são o assunto do momento desde que o norte-americano Troy Kotsur, surdo de nascença, subiu ao palco para receber e agradecer a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante, no Oscar 2022, no domingo (27). O filme do qual participou, “No Ritmo do Coração” (“CODA”, no título original), faturou o prêmio de Melhor Filme ao contar a perspectiva de uma adolescente, única ouvinte da família, e sua vida ao lado dos pais surdos. A língua usada por Troy, no entanto, tem algumas diferenças em relação à Libras adotada no Brasil — entenda.

1. Libras não é mímica

Ao se comunicar em Libras (Língua Brasileira de Sinais), a pessoa não está "traduzindo" palavras e frases para o português, tampouco fazendo mímica para ser compreendida. Libras é uma língua autônoma que pertence à "família francesa" das línguas de sinais. Isso não quer dizer, porém, que seja igual à Língua Francesa de Sinais nem corresponda à Língua Gestual Portuguesa, de Portugal.

2. Existem mais de cem línguas de sinais

Se o ator Troy Kotsur viesse passar alguns dias no Brasil, teria facilidade para ser compreendido por pessoas surdas daqui? Provavelmente, não. É um equívoco achar que todos os deficientes auditivos utilizam a mesma língua de sinais no mundo todo. Em 2013, a Ethnologue (organização fundada nos Estados Unidos para estudo, desenvolvimento e a documentação de línguas) listou 136 línguas de sinais diferentes em todo o mundo. Nessas línguas, há imensa diversidade, assim como nas línguas faladas. Nos Estados Unidos é adotada a ASL (American Sign Language). Há um sistema de comunicação internacional chamado Língua Internacional de Sinais, ou Gestuno, criado para reuniões internacionais, como conferências e congressos. No entanto, não é convencionalizado, não possui gramática e não é tão complexo quanto a língua de sinais natural. Portanto, não é considerado uma língua.

3. Libras não é a segunda língua oficial do Brasil

Ela é reconhecida pelo governo como meio legal de comunicação e expressão desde 24 de abril de 2002, através da Lei nº 10.436. Esse reconhecimento significa que ela pode ser usada em circunstâncias oficiais: uma pessoa que só domine a Libras, por exemplo, pode solicitar um intérprete para fazer uma prova de concurso público, assim como ter mais tempo de prova. A única língua oficial do país, de acordo com a Constituição, é o português. Em andamento, a PEC 12/2021 pede que a Libras seja reconhecida como segunda língua oficial do Brasil. O país tem quase 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

4. Nem todo surdo usa Libras

E nem todo surdo nasce surdo. As pessoas podem perder a audição, em parte ou completa, aos poucos ou subitamente, em qualquer momento da vida. Uma pessoa que perdeu a audição depois de ter adquirido o português pode optar por aparelhos auditivos ou implantes cocleares e, mesmo se não escolher nenhum dois, decidir não usar Libras.

5. Cães podem entender comandos em Libras

Se forem devidamente treinados, os cachorros podem auxiliar as pessoas surdas em atividades diárias. O cão ouvinte é especificamente selecionado e treinado para ajudar os surdos, alertando seu manipulador sobre sons importantes, tais como campainhas, alarmes de incêndio, toque de telefones e alarmes de relógio. Eles também podem trabalhar fora de casa, alertando para sons como sirenes, buzinas, aproximação de pessoas por trás do surdo e o chamamento do nome do manipulador.

Fonte: www.libras.com.br

Fonte: Redação Nós
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