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5 fatos sobre o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil

Direito ao voto feminino no país completa 90 anos nesta quinta-feira (24)

22 fev 2022 - 15h03
(atualizado em 24/2/2022 às 14h50)
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Segundo a Constituição de 1824, a condição de eleitor era restrita a uma minoria, que excluía as mulheres, a população escravizada e os indígenas
Segundo a Constituição de 1824, a condição de eleitor era restrita a uma minoria, que excluía as mulheres, a população escravizada e os indígenas
Foto: Reprodução/Arquivo Nacional

Embora o direito ao voto feminino seja visto como uma concessão do governo do presidente Getúlio Vargas (1882-1954), ele foi o resultado de muita luta por parte de mulheres e homens desde a Constituinte de 1891. Conheça alguns fatos sobre essa conquista:

1 - O veto ao direito de votar se baseava na percepção de que as mulheres não tinham maturidade nem discernimento em relação à política. Até revistas conhecidas como "O Cruzeiro" encampavam a ideia de que o sexo feminino era sinônimo de futilidade e pouco raciocínio.

2 - O Brasil passou à frente de países como França e Suíça, cuja concessão ao direito ao voto feminino ocorreu em 1944 e 1971, respectivamente, mesmo com o assunto no centro das discussões europeias.

3 - A indigenista e sufragista baiana Leolinda Daltro (1859-1935) foi uma das pioneiras na defesa do voto feminino. Em 1910, fundou o Partido Republicano Feminino e, sete anos depois, liderou uma passeata para reivindicar a participação das mulheres na política. Por sua luta e pelas ideias avançadas, recebeu o apelido pejorativo de "Mulher do Diabo".

4 - A bióloga carioca Bertha Lutz (1894-1976) foi o nome mais representativo nessa batalha. Não satisfeita com o voto assegurado pelo Código Eleitoral, ela lutou para que o direito também contasse na Constituição de 1934. Decidiu se formar em Direito para defender as mulheres e elegeu-se deputada federal em 1933, mesmo ano em que criou a União Profissional Feminina e publicou "A nacionalidade da mulher casada".

5 - Em algumas obras, seu sobrenome aparece como “Mattos Dillon”; em outras, surge como “Sousa Matos”. O fato é que documentos históricos apontam a dentista baiana Isabel (1861-1920) como a primeira brasileira a exercer efetivamente o direito de voto. Em 1885, ela teria obtido autorização para participar das eleições como eleitora pelo artigo 4º da Lei Saraiva, que autorizava o voto aos habilitados com diplomas científicos ou literários.

Primeiras eleitoras do Rio Grande do Norte
Primeiras eleitoras do Rio Grande do Norte
Foto: Reprodução/ Arquivo Nacional

Fonte: Mônica Karawejczyk, historiadora e autora de "As filhas de Eva querem votar: uma história da conquista do sufrágio feminino no Brasil" (ediPUCRS).

Fonte: Redação Nós
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