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7 crenças românticas que ajudam a perpetuar o machismo

Propagadas socialmente e em filmes e novelas, elas são essencialmente tóxicas e influenciam até mesmo na violência contra a mulher

13 jul 2024 - 05h00
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Crenças românticas machistas, em geral, insinuam que a mulher deve aceitar e se submeter a tudo para manter o parceiro
Crenças românticas machistas, em geral, insinuam que a mulher deve aceitar e se submeter a tudo para manter o parceiro
Foto: Freepik

Por maiores que sejam os avanços dos recentes movimentos feministas, existem certas crenças românticas difíceis de abandonar. Afinal, muitas foram aprendidas na infância, transmitidas pela família e, principalmente, alimentadas pela indústria do lazer (cinema, séries, novelas, livros).

Na sociedade, infelizmente, a cultura machista e patriarcal persistente ainda reforça ideias como a de que os relacionamentos amorosos devem ser o centro da vida das mulheres, o que só serve para perpetuar a desigualdade de gênero e dificultar a identificação de situações abusivas.

Veja alguns exemplos e entenda os motivos pelos quais esses conceitos precisam ser combatidos:

"O amor tudo supera"

Em geral, é uma fala direcionada às mulheres - condicionadas culturamente a acreditar que devem ser as responsáveis por "tomarem as rédeas" das relações afetivas e "consertarem" relacionamentos. O amor, no caso, tem mais a ver com a manutenção de um ideal de família heteronormativa do que com o sentimento em si. Ou seja, é uma frase que diz nas entrelinhas que a mulher deve aceitar e se submeter a tudo para manter o homem ao seu lado.

"Os opostos se atraem"

Depende. Em se tratando de preferências musicais ou hábitos alimentares, por exemplo, as negociações podem surtir efeito positivo na relação. Quando o assunto envolve valores, nem sempre a química da atração pode dar conta de levar a relação adiante de um modo saudável.

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"Todo mundo tem sua tampa da panela"

Por trás desse antigo dito popular há a falsa ideia de que, sem um parceiro (leia-se marido), a mulher é um ser incompleto e não tem valor. É um conceito que pode abrir brecha para relações abusivas por andar de mãos dadas com outra fala antiquada e igualmente machista: "antes mal acompanhada do que só".

"Ninguém manda no coração"

Aqui, o equívoco está em acreditar que as relações devem ser construídas apenas à base da emoção, sem avaliar racionalmente as compatibilidades com o outro.

"Ciúme masculino é sinal de cuidado"

Não, não é. É sinal de controle, vigilância e de uma sensação de posse sobre o corpo, os pensamentos e até a vida da mulher muitas vezes disfarçado de amor e carinho. Em muitos casos, quando exagerado, pode ser traço de um ciúme patológico que pode descambar em violência.

"Depois que casa, ele muda/melhora"

A chamada "síndrome da mulher salvadora" é, infelizmente, arraigada na sociedade, mas precisa ser combatida. Nenhuma mulher deveria tentar "consertar" seja lá o que for que o sujeito precise melhorar. Além disso, o casamento não tem o poder de transformar comportamentos tóxicos. Entrar num relacionamento com expectativa de que a pessoa mude é andar em direção da própria infelicidade.

"Homem é assim mesmo"

Geralmente, segue-se o complemento "é assim mesmo, todo homem trai!". Essa frase genérica e opressora reforça a ideia de machismo e de que o gênero determina e justifica comportamentos.

Fonte: Redação Nós
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