7 formas de mulheres identificarem gordofobia disfarçada no cotidiano
Preocupação seletiva com a saúde e comparação com corpos magros são alguns exemplos
A gordofobia é um preconceito presente no cotidiano, principalmente na vida de mulheres, afetando negativamente sua autoestima e vida social.
A gordofobia, ou discriminação contra pessoas gordas, é um preconceito que está presente no cotidiano, principalmente na vida de mulheres. Muitas vezes, essas atitudes são mascaradas como preocupação ou humor, tornando difícil identificá-las imediatamente. No entanto, elas reforçam estereótipos e preconceitos que afetam negativamente a autoestima e a vida social dessas pessoas.
Assim, entender as formas sutis de gordofobia é fundamental para combatê-la.
Preocupação seletiva com a saúde
A preocupação com a saúde de alguém, muitas vezes, é seletiva quando envolve pessoas gordas. Comentários que relacionam diretamente o peso a problemas de saúde, sem qualquer consideração por outros fatores, são uma forma de gordofobia disfarçada, presente em frases como “você deveria se cuidar mais, estou preocupado com a sua saúde”.
Esse tipo de comportamento presume que a preocupação com a saúde de uma mulher gorda é uma forma de cuidado, quando, na verdade, reforça a ideia de que o corpo gordo é intrinsecamente não saudável.
Elogios condicionais
Frases como “você ficaria linda se perdesse peso” são exemplos claros de elogios condicionais. Embora pareçam elogiar aspectos da mulher, acabam reforçando a ideia de que ela só será realmente bonita ou aceita se emagrecer.
Esses elogios, disfarçados de boas intenções, pressionam a pessoa a se enquadrar em padrões de magreza, prejudicando sua autoestima e reafirmando a ideia de que corpos gordos precisam ser modificados.
Piadas ou comentários sobre o peso
Piadas sobre o peso ou sobre hábitos alimentares de mulheres gordas são outro exemplo de gordofobia disfarçada. Comentários que aparentam ser inofensivos, como “você vai comer tudo isso?”, acabam perpetuando estereótipos negativos, sugerindo que a pessoa é exagerada na alimentação.
Esses comentários, ainda que ditas em tom de brincadeira, reforçam que o corpo gordo é cômico, contribuindo para a marginalização dessas pessoas e a manutenção do preconceito sobre o peso.
Suposições de incompetência ou preguiça
Pessoas gordas são frequentemente vistas como preguiçosas ou menos competentes, especialmente no ambiente de trabalho. Essa suposição, baseada apenas na aparência física, prejudica o acesso a oportunidades e reforça estigmas.
Comentários como “você acha que vai conseguir acompanhar o ritmo?” ou “talvez essa tarefa seja muito para você” são comuns, mesmo sem qualquer evidência de menor capacidade ou esforço.
Essa discriminação acontece de forma velada, afetando a maneira como a mulher gorda é percebida por colegas e empregadores, sem qualquer consideração por suas habilidades reais ou desempenho.
Invisibilização
A invisibilização é outra forma de gordofobia que ocorre quando corpos gordos não são representados. A ausência de roupas em tamanhos maiores em lojas, por exemplo, é um sinal de que esses corpos não são vistos como parte do padrão aceitável.
“Não temos seu tamanho aqui” ou “talvez você devesse procurar em outra loja” são alguns dos comentários frequentes em estabelecimentos que não se preocupam com a inclusão de tamanhos maiores.
Suposição de intenção de emagrecimento
Outro comportamento comum é presumir que todas as mulheres gordas desejam emagrecer. Essa suposição se manifesta quando, sem serem solicitados, outros sugerem dietas ou programas de emagrecimento, como se a única meta aceitável para essas mulheres fosse a perda de peso.
Frases como “já tentou essa dieta? Funciona muito bem para emagrecer” são ditas sem qualquer consideração pelo desejo ou bem-estar da pessoa. Essa atitude ignora o fato de que muitas mulheres gordas estão confortáveis com seus corpos e não desejam emagrecer. Ao fazer essa suposição, reforça a ideia de que a magreza é o único estado desejável.
Comparação com corpos magros
Comparar corpos gordos com corpos magros, mesmo em elogios, também é uma forma de gordofobia. Comentários como “você está linda, mas imagina se emagrecer” colocam a magreza como o padrão ideal e insinuam que o corpo gordo é inferior ou temporário.
Além disso, frases como “você ficaria linda se tivesse o corpo de fulana” pressionam a pessoa a se espelhar em padrões corporais que nem sempre são saudáveis ou atingíveis para todos. Essa comparação constante faz a pessoa pensar que emagrecer é a única forma aceitável de beleza, pressionando ainda mais as pessoas gordas a tentarem se adequar a padrões corporais que não necessariamente refletem sua saúde ou felicidade.