8 de março: Dia Internacional da Mulher é feriado?
O movimento é marcado pela luta das mulheres pela igualdade de gênero
Em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é relembrado como símbolo da luta por direitos iguais. Ao mesmo tempo que celebra as conquistas sociais, políticas e econômicas alcançadas ao longo dos séculos, essa data também destaca a mobilização contra a discriminação de gênero que perdura até a atualidade.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente em 8 de março desde o início do século 20. No entanto, não é considerado feriado no Brasil.
Qual é a origem do Dia Internacional da Mulher?
A Data ganhou visibilidade mundial após uma tragédia em 1908, quando 129 mulheres morreram em um incêndio numa fábrica em Nova York durante uma greve por melhores condições de trabalho.
Em 1909, também em Nova York, 15.000 mulheres marcharam pelas ruas da cidade exigindo melhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho e o direito ao voto. Essa manifestação foi um marco na história do movimento feminista.
Em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, Clara Zetkin propôs a instituição dessa data. No ano seguinte, em 19 de março de 1911, ocorreu o primeiro dia oficial da mulher, nessa data, mais de um milhão de pessoas protestaram pelos direitos das mulheres na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Desde então, o 8 de março marca a luta por direitos e reconhece as contribuições das mulheres para a sociedade.
Nos primeiros anos, esses dias estavam intimamente ligados aos movimentos operário e socialista. Em 1914, foi em 8 de março que as mulheres socialistas se reuniram em Berlim, em particular para exigir o direito ao voto. O acontecimento é considerado a primeira manifestação de fato do 8 de março.
Atualmente, o Dia Internacional da Mulher é marcado por atos para reivindicar igualdade de gênero, relembrar mulheres que foram vítimas da violência e abordar temas como a descriminalização do aborto, feminicídio, assédio sexual e diferenças salariais.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini