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9 casais oficializam união em casamento coletivo para pessoas LGBTQIA+

Evento organizado pela ONG Casa 1 tem o objetivo de reafirmar o direito de união e amor entre pessoas da comunidade

16 dez 2023 - 13h44
(atualizado em 23/1/2024 às 17h58)
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Fundada em 2017, a Casa 1 é um centro de cultura e acolhimento de pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo
Fundada em 2017, a Casa 1 é um centro de cultura e acolhimento de pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo
Foto: Divulgação/Casa 1

Neste sábado, 16, a ONG Casa 1 realiza a segunda edição do casamento coletivo, evento que tem o objetivo de celebrar o amor e a união entre pessoas LGBTQIA+. Fundada em 2017, a Casa 1 é um centro de cultura e acolhimento de pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo que, desde o seu surgimento, se posiciona pelos direitos da comunidade.

A primeira edição, que aconteceu em 2018, reuniu 40 casais que oficializaram a união, com direito a alianças e festa. A instituição recebe doações da sociedade civil e tem parcerias com empresas para se manter e também para viabilizar a realização de eventos como esse. Com avanços estruturais na Casa 1, que conta com cozinha comunitária e salão de beleza escola, 9 casais terão a oportunidade de se casarem.

Segundo a casa de acolhimento, histórias em que o companheiro morre e o outro integrante do casal acaba impedido de ter sua união reconhecida para velar o companheiro ou participar na divisão do patrimônio que construíram juntos não são incomuns. Por isso, a união reconhecida juridicamente é muito importante nesses casos. 

Emoção

Juntas há cinco anos, Aline Rodrigues e Janaína da Silva também vão firmar os votos neste sábado: "Pensamos muito em oficializar por causa dos nossos direitos. Precisamos de mais casais LGBTS unidos, protegidos pela lei, por políticas e segurança. Queremos proporcionar uma para a outra os mesmos direitos que os casais heterossexuais têm, além de celebrar o amor também", conta Janaína.

Outro casal pronto para celebrar o amor é Elaine Costa e Elida Carvalho. As duas estão juntas há três anos.

"A decisão de oficializar a união foi porque ela é a minha família. É importante não só pra gente, mas para sociedade. Ela não é minha amiga, é minha esposa, a minha parceira de vida. É necessário", afirma Elaine. 

Direito

De acordo com os dados dos cartórios de registro civil do Brasil, já foram realizadas cerca de 82 mil uniões LGBTQIA+, número que o centro cultural visa aumentar através de seus projetos.

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Em outubro, a Comissão da Família na Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo no Brasil. Desde 2011, o Superior Tribunal Federal (STF) reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo, que não é assegurada por lei. No entanto, a decisão do STF garante que casais homoafetivos tenham os mesmos direitos que a legislação brasileira estabelece para casais heterossexuais.

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Fonte: Redação Nós
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